Dos 184 prefeitos pernambucanos convocados para o manifesto contra o Governo Federal, que está sendo concluído neste momento na Assembleia Legislativa, no Recife, 112 estiveram presentes, segundo ata assinada por eles e divulgada pela coordenação do evento. Foi um bom número, mas na prática houve uma ausência de 72 prefeitos, 40% da sua totalidade. Entre os que ignoraram o ato, promovido pela Associação Municipalista, Amupe, que tem como dirigente o eduardista José Patriota (PSB), prefeito de Afogados da Ingazeira, o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e os principais dirigentes da Região Metropolitana.

Não deram o ar da sua graça também o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), Júnior Matuto (PSB), de Paulista, e Elias Gomes, de Jaboatão dos Guararapes. Do Sertão faltaram os principais, como Júlio Lóssio (PMDB), de Petrolina, e Luciano Duque (PT), de Serra Talhada.O objetivo inicial da Amupe era chamar a atenção para a situação deplorável das prefeituras com a redução das transferências constitucionais, como o FPM. De largada, a Amupe queria que os prefeitos fechassem os seus gabinetes e decretassem feriado.

Mas muita gente não concordou. A voz mais altiva que se levantou contra o ato, por entender que seria de hostilidade ao Governo do PT, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, chegou a distribuir uma nota contra a iniciativa com duras críticas à postura radical do presidente José Patriota. Este, por sua vez, vendo que os prefeitos não estavam dispostos para um confronto mais direto, resolveu mudar a estratégia. Voltou atrás no fechamento das prefeituras e moderou no discurso de enfrentamento ao Governo Dilma.

 Do Blog  do Magno