Publicado às 13h45 desta segunda-feira (3)

Logo após a publicação da matéria, neste Farol, revelando a morte do vendedor serra-talhadense, José Fausto da Silva, no Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam) [veja aqui], sob suspeita de Covid-19, a filha de ‘Faustão’, como era mais conhecido, procurou a redação para denunciar negligência médica durante o atendimento, na sexta-feira (30). Além da dor da saudade, Bianca Inês Santos Silva, 26 anos, diz que houve procedimento falho de um profissional de plantão.

“Meu pai passou um dia em Caruaru e 25 dias em Recife, meu pai teve uma parada cardíaca na porta do Hospam, na área respiratória, e foi o médico conhecido como Marcelo que recusou atendimento, sendo assim levado para a emergência. Lá, Dr. Jailson atendeu meu pai, mas mesmo assim não resistiu”, disse Bianca Santos, acrescentando: “Novamente médicos do Hospam recusando atendimento. Se eles tem um número no Conselho Regional de Medicina (CRM), são formados, tem como prioridade atender um paciente, porque se recusaram? porque continuam numa profissão onde deveriam ajudar o paciente? nunca vou entender isso”, desabafou.

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ROTEIRO DA MORTE

José Fausto da Silva foi sepultado no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, sob os protocolos da Covid-19, uma vez que o resultado do exame Swab ainda não foi divulgado. Ela relata que o pai sofreu uma queda no dia 3 de abril e foi encaminhado para Caruaru, mas, segundo Bianca Santos, o hospital não tinha material e ele foi conduzido para o Recife. “Meu pai estava de alta desde a terça-feira e solicitei um veículo ao Hospam e a Secretaria de Saúde, porém nada aconteceu. Um vereador acabou pagando a passagem de ônibus para os meus pais. Ele estava com tosse muito forte  secreção, e quem suspeitou de Covid foram os bombeiros, por causa da gravidade dos sintomas. Estamos aguardando o resultado do exame”, explicou a filha.

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O OUTRO LADO

A reportagem do Farol entrou em contato com a direção do Hospam, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

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