Enquanto o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), se aproxima cada vez mais da população, através do Orçamento Participativo (OP), cresce o número de aliados insatisfeitos com a gestão do PT. Nos bastidores, são cada vez maiores os movimentos que podem trazer prejuízos à imagem do petista.

Um exemplo claro é a relação que Duque mantém com alguns partidos que ajudaram na sua eleição em outubro passado. Até agora o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que fez parte da coligação, espera o aceno do prefeito para governar. Outros partidos “nanicos” também buscam diálogo, mas sem sucesso.

O FAROL conversou com um grupo de insatisfeitos neste final de semana, que promete uma reação em bloco nos próximos dias. “Tem um bom número de pessoas que planejam procurar o ex-prefeito Carlos Evandro para pedir a sua ajuda. Ninguém consegue dialogar com o prefeito. Ele se distanciou de muita gente que ajudou na sua eleição. Chamo isto de ingratidão”, disse um correligionário de Duque, que garantiu que a insatisfação também ronda a base governista na Câmara de Vereadores.

“Eu lhe garanto que já teve vereador que procurou o ex-prefeito Evandro para fazer queixas. Ele (Carlos) vai ter esta missão de apaziguar o grupo. Senão o futuro político de Duque é incerto”, avaliou um outro aliado, pedindo anonimato. No dia 30 de maio o prefeito, em conversa com a reportagem do FAROL, desabafou que um dos seus principais problemas é tratar com as críticas dos aliados, o chamado “fogo amigo”.

Segundo Duque, alguns deles acreditam que “a prefeitura é um saco sem fundo”. Uma das promessas de campanha do prefeito era a criação de um conselho político para ajudar o seu governo. Passados quase seis meses de gestão, ainda tem dirigente de legenda que espera por uma conversa com o gestor.