Os feirantes que comercializam no pátio da Lagoa Maria Timóteo, no centro de Serra Talhada, estão em “pé de guerra” com os ambulantes que tomaram conta das calçadas nos últimos meses. A reportagem do FAROL visitou a feira e confirmou que a insatisfação aumenta, uma vez que muitos reclamam da concorrência desleal.

“O grande problema é que a prefeitura nunca chega pra ajudar os feirantes. Pelo contrário! Só querem nos derrubar. Nos mandaram pra esse pátio e aqui não tinha nada além do chão. Quem construiu tudo o que tem aqui hoje fomos nós, os feirantes. A prefeitura só fez o chão e essas cercas, que mais parecem um curral; só querem nos derrubar.  Mas, não querem saber de diálogo, só de nos prejudicar”, disse o feirante Gilmar Ferreira, reclamando que se a prefeitura tivesse fiscalizado teria evitado a “invasão” das calçadas. As fotos são de Alejandro Garcia.

Já o feirante Francisco Tavares, cobra uma ação efetiva da prefeitura e até do Ministério Público. “Queremos que a prefeitura ou a promotoria tomem uma providência mais eficaz quanto às pessoas que colocam bancas e barracas pelo meio da rua, fora da feira livre. O promotor vem, manda tirar tudo, mas dois dias depois, eles estão lá de volta. Não é justo! Nós estamos aqui dentro, todo mundo certinho e pagamos impostos. Eles lá foram não pagam nada e pegam nossos fregueses. É isso que queremos, que eles venham para o pátio da feira também, ou nós vamos voltar lá pra fora. Tem que a lei valer para todo mundo”, desabafou Tavares, recebendo o apoio de Severino da Silva.

“Tem feirante com ponto aqui na feira, mas com barraca do lado de fora. Fecham a daqui e vão vender lá fora, sem ter que pagar imposto. Isso é injusto! Ninguém é melhor do que ninguém. Tem que colocar eles aqui no pátio, e eles tem que pagar os impostos também; por que só a gente tem que pagar? Muito errado isso”, complementou.

Quem acabou dando um duro recado foi o feirante José Maria. “Se for assim, também vamos colocar nossas barracas lá fora. A lei está aí pra ser obedecida; o promotor vem, organiza tudo e depois tá todo mundo bagunçando de novo, trabalho perdido. Ou fica todo mundo aqui dentro, ou a gente vai lá pra fora”, finalizou.