Publicado às 4h desta segunda-feira (25)

Por Jorge Apolônio, Policial Federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Seja sincero, caro leitor. Você teria o despudor de viajar 400Km para tirar fotos com um criminoso, um ex-presidiário condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, com alta possibilidade de ser novamente preso por estes e outros crimes?

Se não, por que não? Por que a distância de 400Km é demasiada ou por causa do caráter dele? E se esse criminoso fosse Lula, você tiraria fotos com a pretensão desavergonhada de usá-las com a finalidade eleitoreira nas próximas eleições?

Tancredo Neves, que todos acham tão sério, dizia que “na política, o feio é perder”. Fica óbvio que para ele valia tudo para ganhar uma campanha. Essa mentalidade cretina formou o caráter de seu neto, Aécio Neves, essa decepção política ambulante que virou um zumbi no congresso nacional.

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É claro que, na política ou não, o feio é ganhar com falcatrua. Vejam o exemplo recente de Evo Morales, na Bolívia. Forçou uma quarta eleição inconstitucional, fraudou a vitória de forma tão escandalosa que foi obrigado a desistir do novo mandato e saiu do país para não ser preso.

Dilma disse que faria o diabo para vencer sua segunda campanha eleitoral. Fez mesmo e venceu. O PT derramou “zilhões” de reais para elegê-la duas vezes. Veio a Lava Jato e escancarou as práticas cometidas para roubar dinheiro das estatais (sobretudo, a Petrobras) para bancar as campanhas. Pôs a nu o que é o PT, quem são Dilma, Lula etc. Só não vê quem não quer ou sofreu lavagem cerebral.

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Esse tipo de gente que tem essa “moral relativista”, invariavelmente, é desmoralizada ao fim de um determinado tempo. A História é implacável e nos mostra exemplos disso.  Infelizmente, Lula ainda atrai muitos votos, mas, felizmente, também afasta muitos eleitores.

A ética nos ensina que os fins não justificam os meios. O candidato que, cinicamente, aliar sua imagem à de um bandido para angariar votos estará dizendo muito de sua própria moral – ou da falta dela. Os eleitores que se permitirem ludibriar por essa asquerosa artimanha eleitoreira estarão demonstrando sua estupidez, se igualando ao seu candidato no mais baixo grau da moral e terão o governo merecido – se o elegerem, claro.