Prefeitos de diversas regiões do país fizeram uma manifestação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Os governantes exigiam ser recebidos pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, para reivindicar um aumento no Fundo de Participação de Municípios (FPM). Apesar de tanto reclamar sobre a falta de dinheiro, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), não compareceu para prestar apoio ao movimento da categoria.

Os prefeitos foram contidos por seguranças, mas acabaram invadindo o Salão Verde da Casa. Os governantes entoavam gritos de ordem, como “Prefeitos unidos jamais serão vencidos”, e o Hino Nacional. Eles alegam ter poucos recursos em caixa para fechar as contas no fim do ano. O objetivo é conseguir um aumento de 2 pontos percentuais na parcela de tributos que compõem o FPM.

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Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), afirmou que a manifestação “é um retrato da crise profunda que se abate sobre as prefeituras do Brasil”. “Esgotou-se o período em que a União empurrava gastos goela abaixo das prefeituras. Os prefeitos estão percebendo que não têm como assumir estes compromissos. Além disso, Câmara e Senado têm que parar de votar direitos do cidadão sem indicar onde está o dinheiro para pagar”, disse.

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Para ele, a revolta terá impacto nas próximas eleições. “Já tem mais de 2 mil prefeituras gastando mais de 60% com a folha de pagamento e vão ter suas contas rejeitadas. A crise se aprofunda nessa direção e vai crescer muito no ano que vem e seguramente vai interferir no processo eleitoral”.

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O presidente da CNM afirmou que a manifestação de hoje está longe de ser a primeira e que, inclusive, os prefeitos tentarão o apoio da população. “Este é o primeiro momento, no ano que vem faremos outras grandes mobilizações populares para mostrar esta realidade que o Brasil vive lá na ponta, onde o cidadão vive e demanda serviços públicos e as prefeituras não têm como pagar”.

(FAROL com informações da UOL.com)