Publicado às 14h deste sábado (20)

Nessa sexta-feira (19), a gasolina teve um novo aumento, estipulado pela Petrobrás, de 10,2% e o diesel de 15,2%.

Diante disso, o Farol de Notícias foi até os postos de combustíveis de Serra Talhada para saber da população o que acharam do reajuste. Na capital do xaxado, os preços variam entre R$ 5,23 e R$ 5,25.

Já é o segundo aumento no mês e a população que depende de carro e moto para trabalhar está de mãos atadas. Saiba a opinião dos serra-talhadenses.

FALA POVO ALTA DA GASOLINA EM SERRA TALHADA 

“Isso é um absurdo, no tempo que a gente está hoje, isso é uma desmoralização para o brasileiro. Prejudica bastante, hoje eu trabalho em uma empresa, mas já fui autônomo e hoje não ia dar para trabalhar desse jeito, o valor do diesel subiu bastante, antigamente a gente comprava por R$ 1,60 e hoje já está mais de R$ 4,00 fica difícil do pai de família trabalhar”, disse José Márcio Alves da Silva, 42 anos, caminhoneiro.

 

 

“Na verdade eu acho um absurdo esse aumento, está sendo uma coisa fora do comum, fora do contexto. Porque onde é que vamos buscar aumento no nosso salário, se não tem salário para poder suprir o aumento. Isso não é só no diesel e gasolina, isso é em tudo. Teve coisa que teve mais 100% de aumento, eu trabalho com frutas e verduras, porque não posso passar o aumento para as verduras, enquanto der estamos trabalhando, quando não der mais o jeito é parar. Quem mais está sendo prejudicado sou eu, não posso repassar o aumento para o consumidor, batatinha que era R$ 80,00 agora está por R$ 220,00 e a justificativa deles é por conta do transporte, o que vem de longe vem bem caro”, afirmou Geraldo Garcia de Lucena, 47 anos, verdureiro.

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“O governo federal fica jogando para o estadual e fica aquele negócio, um jogando para o outro e ninguém assume o erro, ninguém assume a conta. Se for por questão de imposto, imposto sempre teve e por que a gente vende combustível para o exterior a R$ 1,50 e compra a R$ 2,70, o preço bruto sem imposto?”, opinou Júlio Silvestre, 25 anos, funcionário de posto, Serra Talhada.

 

 

“É um absurdo, porque não tem condições ter aumento 2 ou 3 vezes no mês, a pessoa que ganha um salário mínimo, uma pessoa que depende de um veículo vai fazer o que agora? O governo diz que quer baixar, mas diz que o governo de Pernambuco não baixa, fica complicado para a gente, um jogando para o outro. Eu sou motorista, faço frete, se cobro o frente a mais o pessoal acha ruim, não é questão que a gente cobra para si, a gente tem que cobrar o que a gente tá pagando. Fica mais difícil para caminhoneiro, porque o combustível aumenta, mas o frente não”, disse Marcos Barbosa (Marcos do frete), 48 anos, motorista, Serra Talhada.

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“É problemático, é uma cachorrada, não tem condições uma coisa dessa, duas vezes no mês como foi recente. Eu sou pedreiro e trabalho na roça e uso a moço, não é para passeio é uma ferramenta e a pessoa está no mato sem cachorro, a pessoa fica sem saída”, avaliou Francisco de Assis da Cruz, 46 anos, Serra Talhada.

 

 

 

“Para qualquer tipo de comércio é sempre dificultoso porque o volume de vendas diminui, então qualquer ocorrência de aumento para o posto ele é desvantajoso. Esses aumentos não são decorrentes da nossa espontânea vontade, nós repassamos os preços que nós adquirimos das nossas distribuidoras, que por sinal passam para a gente os aumentos que a Petrobrás eleva, o preço é passado para as distribuidoras de combustível e por fim repassam para nós postos revendedores e nós é que temos a difícil tarefa de repassar esse preço final para o consumidor. Não é fácil, para mim como consumidor também não acho barato o litro da gasolina ser mais que R$ 5,00, o litro do diesel ser mais de R$ 4,00, no país que nós temos é realmente um valor elevadíssimo para os combustíveis. Acho que a palavra não seria prejudicado, porque a atividade comercial está aberta a todos os tipos de riscos, a questão de elevação de preço, diminuição, isso sempre vai ocorrer, hoje em dia a gente tem visto repetidos aumentos no preço dos combustíveis, sabemos que o aumento é decorrente da Petrobrás, e a Petrobrás atrela os preços ao mercado internacional, quando o petróleo no mercado internacional como está hoje a Petrobrás também adquiri no mercado internacional e também no mercado interno eles têm que elevar os preços, essa conjuntura econômica de preço de combustível ocorre, não tem como fugir disso. Preço alto não interessa a ninguém”, disse Túlio Siqueira, proprietário de posto de gasolina.