O  ex-prefeito Geni Pereira  sempre fez política com a paciência de um monge tibetano e, talvez por conta disso, tenha obtido várias conquistas no seu currículo de candidato. Entretanto, desde que migrou para o grupo liderado pelo deputado Inocêncio Oliveira a impressão que se tem é que o homem passou a enxugar gelo. Ou melhor: patinar nele. Não avançou muito em suas pretensões e suas declarações são recheadas de incertezas e contradições.
 
A última entrevista de Geni há pouco mais de uma semana é a prova disso. Ainda filiado ao PTB, Geni deu a  justificativa pela demora na decisão da escolha de uma nova legenda. “Pretendo ficar num partido que seja da coligação e eu tenha o domínio para não ficar refém de ninguém “. Ora, o ex-prefeito já é refém do prefeito Carlos Evandro quando na mesma entrevista afirma com todas as letras. “Minha candidatura está nas mãos do prefeito Carlos Evandro”.

Fato, aliás, que tem alimentado uma série de boatos de que  o ex-prefeito vai “aterrisar” no Partido Humanista Social (PHS) comandado pelo filho do prefeito. Ainda  esbanjando paciência, Geni diz que  sua decisão vai acontecer após uma conversa com os deputados Sebastião e Inocêncio Oliveira. “Depois de ouvi-los, digo a minha decisão”. Que contradição; mas refém do que isso só pedindo resgate.

Neste cenário construido por um dos políticos mais  respeitados e populistas da história de Serra Talhada, também há espaço para o discurso novo e repaginado. Por exemplo, quando ele faz elogios à administração do seu primo. “O prefeito Carlos Evandro vem fazendo uma excelente administração”. Quem te viu… quem te vê.