O prefeito Luciano Duque (PT) não teve a mesma coragem do prefeito de Sertânia, Guga Lins (PSDB), que no início desta semana, cortou em 20% o seu salário, do vice-prefeito e secretários, e ainda reduziu despesas de custeio e demitiu servidores contratados. Segundo o prefeito, o objetivo dos cortes foi para não exceder os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e sobrar dinheiro para investimentos.

Já em Serra Talhada o petista assumiu a postura do faça o que digo mas não faça o que faço. No dia 23 de julho, durante reunião com secretários, o gestor mostrou um rosário de dificuldades e alertou a equipe que estaria tomando medidas enérgicas. “Haverá cortes de pessoal e estamos estudando um corte dos nossos salários (prefeito, vice, e secretários). Ainda não sei  informar o tamanho deste corte mas estamos analisando”, disse o prefeito, para uma plateia atônita.

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Mas tudo não passou de um jogo de cena. Atulamente, quem circula pelas repartições da Prefeitura de Serra Talhada encontra corredores lotados de cargos comissionados. Boa parte deles, a exemplo do que acontece no prédio-sede; passam boa parte do tempo esperando correr os ponteiros do relógio. “Eu nuca vi coisa parecida”, disse um servidor público, falando das repartições que foram criadas no local.

Além de não fazer o dever de casa, o prefeito resolveu abraçar um projeto que admite ser impopular: o reajuste da alíquota da previdência. O pior, é que Duque se manteve o tempo todo na ofensiva evitando o diálogo. Somente agora, quando já se formou uma corrente de rejeição; é que o petista acenou para o debate. Entre alguns vereadores governistas, o sentimento é que o prefeito ainda não acordou para o tamanho do prejuízo causado pela sua postura.

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