Diário de Pernambuco

O governo de Pernambuco decidiu, nesta segunda-feira (14), prorrogar mais uma vez a suspensão das aulas presenciais na Educação Básica – pública e privada. Agora, o veto vai até o dia 22 de setembro. Em nota, o estado explica que a decisão foi tomada “após reunião do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19”. O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado (Sinepe) critica a medida, alegando que o assunto “deixou de ser levado a sério”.

O comunicado do governo é breve e, além de informar a decisão, explica que “os dados (sobre a pandemia) serão avaliados novamente na próxima segunda-feira (21), para deliberação sobre o cronograma do plano de retorno das redes pública e privada”.

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Diretor-executivo do Sinepe, Arnaldo Mendonça reclama do esticamento do prazo. “É mais um absurdo que a gente vê. Parece que a coisa não está sendo mais levada a sério. Não se liberou um calendário de reabertura gradual e nem deram justificativa. A praia é um lugar sem controle algum, todo mundo perto um do outro, e ninguém diz nada. Mas a escola, que é um espaço que pode ter esse controle, não pode abrir”, lamenta.

Ele não compreende o sentido do veto, tendo em vista que cursos livres, cursos técnicos e o ensino superior foram autorizados a voltar com aulas presenciais. “Num curso de idiomas tem muito aluno de escola particular. Então como que pode ir para lá e não pode ir para a escola?”, questiona ele, que também é diretor pedagógico do Colégio DOM, de Olinda.

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Arnaldo também aponta para uma quebra de compromisso do estado. Ele afirma que, durante uma reunião de uma comissão composta por donos de escolas, professores e pais de alunos da rede privada, no Palácio do Campo das Princesas, ocorrida no dia 3, os secretários-executivos da Casa Civil, Eduardo Figueiredo, e de Educação e Esportes, João Charamba, garantiram que o prazo não seria prorrogado.