Nestas eleições, Serra Talhada foi a terceira cidade de Pernambuco a ter a maior demanda de representações na Justiça Eleitoral. Perde apenas para Recife e Caruaru, segundo dados do TRE-PE. E nessa reta final a temperatura aumentou. A novidade agora é que o setor jurídico do candidato petista Luciano Duque ingressou com um Mandato de Segurança junto ao Tribunal  Regional Eleitoral (TRE) para impedir a divulgação de uma pesquisa de opinião feita pela empresa Aprojeplam- Assessoria em Projetos, Planejamento e Administração Municipal – com sede em Recife. Um detalhe: o proprietário da empresa, José  Carlos Lopes da Silva, já faleceu.

Segundo os advogados, a empresa tem especialidade não em pesquisas eleitorais, mas em serviços de terraplanagem e pinturas de prédios. Por isso, defende os juristas, não estaria habilitada em realizar pesquisas de opinião em Serra Talhada. “Isto é apenas um dos fatores que identificamos. Agora, o mais grave, é que consta no formulário da pesquisa uma pergunta sobre em quem o eleitor vai votar na cidade de São José do Belmonte. Isso é suficiente para confundir o eleitorado”, disse o advogado Gustavo Rocha, que assina o Mandato de Segurança. A empresa Aprojeplam é a mesma que realizou o concurso fraudulento na Faculdade de Formação de Profesores (Fafopst) em 2006.

CRÍTICAS À JUSTIÇA

O advogado Gustavo Rocha se diz inconformado, pois tem informações de que a pesquisa da Aprojeplam será divulgada nesta sexta-feira (5) e a juíza Isânia Maria Moreira Reis, da 71ª Zona Eleitoral, já teria autorizado a sua divulgação após seguir orientação do Ministério Público Eleitoral. “Quem está decidindo as questões eleitorais em Serra Talhada não é a juíza eleitoral, mas o promotor de Serra Talhada”, critica. “Ela (Isânia) segue totalmente o parecer do Ministério Público”, contesta Gustavo Rocha, arrematando: “Por isto impetramos o Mandato de Segurança para o TRE cassar a decisão da juíza, que  é ilegal”, conclui.