Todos os dias, cães e gatos atormentam o pátio de alimentação da feira livre de Serra Talhada, no Centro da cidade, para assistir e, às vezes, até atacar frequentadores em busca de comida. O FAROL visitou a paraça, na tarde desta sexta-feira (30), e contabilizou 16 animais dentro do refeitório público. “A maioria chega na hora do almoço, parece que já sabem e vêm aos montes. É como se fosse uma gangue”, compara, com bom humor, a comerciante Josinalda Marluce de Lima. Ela se alimenta todos os dias no local. Para o vendedor Everlândio Peixoto, o que preocupa é a higiene, por conta do fluxo de animais doentes.

“Porque muitos deles chegam em nossa mesa com doenças, como calazar e feridas. Aí ficam se esfregando em nossas pernas, chorando e até latindo para que a gente dê um pedaço de carne. Ficam prestes a atacar a pessoa, então eu acho ruim demais, porque é falta de higiene”, analisa Everlândio Peixoto, que come todos os dias na praça de alimentação do pátio da feira livre de Serra Talhada. O cenário tende a permanecer uma vez que a Secretaria Municipal de Saúde diz que não pode fazer muita coisa.

EVERLÂNDIO PEIXOTO ALMOÇA COM QUATRO GATOS À ESPREITA: “COMER É ASSIM É RUIM DEMAIS, CADÊ A HIGIENE?”, QUESTIONA

“Não podemos apreender o animal porque não há mais espaço no Centro de Zoonoses e a lei nos proíbe de sacrificar o bicho”, justificou o veterinário José Alves, secretário-adjunto de Saúde. A única esperança da gestão é esperar que se fortaleça a Sociedade Protetora de Animais de Serra Talhada para fechar uma parceria. O secretário não respondeu os motivos da Guarda Municipal não está coibindo o que os próprios frequentadores estão chamando de a “revolução dos bichos”.