Publicado às 12h55 deste domingo (26)

O Hospam (Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães) está sendo alvo de uma nova denúncia, dessa vez, de privilégio em favor de familiares de uma funcionária da unidade que teria boa afinidade com o diretor João Antônio Magalhães.

Pedindo para terem a identidade preservada, os denunciantes relataram ao Farol que um parto ocorreu no dia 15 de setembro desrespeitando uma série de procedimentos preconizados pelas normas do Hospam, indicando, conforme os denunciantes, o uso indevido da estrutura pública do SUS em benefício particular.

Dentre alguns privilégios observados estariam: uso de quarto privativo e de toda a estrutura do ambiente em favor dos familiares, a quantidade de acompanhantes durante o processo de acolhimento e do parto da gestante, a quantidade de pessoas no local, o pai apresentando a filha para a família dentro do bloco cirúrgico e sem máscara, o desmanche do arco cirúrgico para apresentar a bebê a mãe, o laço de gases e a presença de um profissional fotógrafo contratado pela família para cobrir todo o evento.

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Conforme os denunciantes, todas as outras gestantes que buscam o serviço público do Hospam são proibidas de terem o mínimo de regalias. Frequentemente até pedem para tirar foto no celular ao lado da criança nascida, o que muitas vezes é negado. O curioso é que tudo foi filmado e acabou compartilhado pelos familiares da funcionária nas redes sociais. As imagens mostram bem a diferença na assistência concedida pelo Hospam à família, o que gerou indignação em muita gente, principalmente em pacientes e mães que acompanhavam ao longe toda a movimentação festiva.

Conforme os denunciantes, o quarto para onde a gestante e o esposo se dirigem nas imagens postadas nas redes sociais é um espaço de isolamento e não uma enfermaria de obstetrícia como as demais pacientes são destinadas quando há vagas.

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O OUTRO LADO

Assim que recebeu a denúncia, esta semana, o FAROL tentou por várias vezes levá-la ao diretor do Hospam, João Antônio Magalhães, para que ele pudesse analisar e prestar esclarecimento sobre o ocorrido. Apesar disso, não tivemos nossas ligações telefônicas atendidas e nem as mensagens respondidas. Após tentarmos contato com a direção, minutos depois os vídeos do parto compartilhados pelos familiares da funcionária do Hospam foram retirados das redes sociais.