HOSPAMNessa quinta-feira (23), o advogado Pablo Andrada, do município de Flores, procurou  a redação do FAROL DE NOTÍCIAS para denunciar o mal atendimento de um médico plantonista do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam). A reportagem do FAROL ouviu a versão do médico Antônio Rodrigues, nesta sexta-feira (24), que afirmou que não emite laudos para o seguro DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), porque, segundo ele, haveria uma máfia nesse processo, já fiscalizada pela Polícia Federal. O médico alegou ainda que acompanhou adequadamente o paciente, pai do denunciante.

“O advogado está levantando alguma coisa que não existiu, porque a mim cabia atender o pai dele que era o paciente e garanto a você que atendi ele com respeito e dignidade. Como fiz sempre por todo o processo, foi internado, operado, foi ao ambulatório e o conduzi até o momento de retirar o material que precisava ser retirado. Na retirada, esse cidadão queria que eu desse um laudo para o DPVAT. Eu respondi a ele que aquilo não cabia a mim, que não trabalhava com DPVAT, e que inclusive existe uma máfia desse seguro que é fiscalizada pela Polícia Federal e que eu não tenho nada a ver com isso”, relatou o ortopedista.

Veja também:   Idoso é arremessado em capotamento na PE-365

Antônio Rodrigues

“O advogado está levantando alguma coisa que não existiu, porque a mim cabia atender o pai dele  e garanto a você que atendi ele com respeito e dignidade”, afirmou Dr. Antônio

Segundo o médico, o seguro é utilizado para despesas médicas e o advogado teria direito apenas a um laudo cirúrgico com o Hospam. “Eu perguntei: ‘cobrei alguma coisa da cirurgia do seu pai, ou consulta dele?’ Não, eu não cobrei! Então, se eu não cobrei eu não tenho nada de dar laudo de DPVAT, se ele quiser pegar o laudo cirúrgico, ele procure o hospital. Ele queria, na realidade, pegar dinheiro do governo, que é o que todo mundo faz. Ele passou a me insultar, dizer que eu estava tratando mal. Eu acho uma estupidez da parte dele, porque não houve nada com o pai dele, que era o paciente”, disse Antonio Rodrigues, acrescentando:

Veja também:   'Gilson Malassombro' é morto a tiros nesta 5ª no Sertão do Pajeú

“Eu não cedo a ninguém, porque não compete a mim tratar você em uma entidade pública e te dar um laudo para ressarcir uma coisa que você não gastou. Não compete, o advogado Gilberto de Moura Carvalho falou muito bem, DPVAT é para despesas médico-hospitalar, como é que eu vou dar um laudo se você não teve nenhuma dessas despesas?”.