DSC_0059Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Pior que a dor de perder um filho assassinado é esperar mais de seis horas para que o corpo seja removido do local do crime. Isabela Alves de Oliveira, de 47 anos, há cerca de seis dias perdeu o filho Luiz Carlos Gomes de Oliveira, 22 anos, morto a tiros no bairro da Cagep. O corpo dele ficou das 20h30 às 3h40 da madrugada ao relento sob chuva e os olhares de curiosos, que fizeram da cena macabra um espetáculo à parte nas redes sociais. Além da dor de ver o seu garoto dando adeus a vida, Isabela Alves rebateu a informação veiculada por órgãos da imprensa local dando conta de que a vítima teria envolvimento com drogas. A família se diz revoltada.

Em conversa com o FAROL DE NOTÍCIAS, a mãe de Luiz Carlos disse que passou mal ao saber do assassinato do filho e da demora no recolhimento do corpo. “Eu passei mal, me levaram para o hospital e depois fui para casa. Minha filha ficou lá e o carro nunca que chegou. Eu não estava em condições de nada, não prestaram socorro ao meu filho, eu achei isso uma covardia. Meu filho era um cidadão de bem, honesto e trabalhador. Isso é um absurdo, meu filho ficou lá o tempo todinho esperando, não tinha delegado, a polícia só podia tirar com a liberação, eu acho isso um absurdo. Aqui também tem que ter um IML para resolver esses casos”, desabafou.

“Eu sustentei o meu filho e dei o melhor para ele. Ele estudou, fez muitos cursos e eu tenho os diplomas dele em casa, ele fez o curso de policial na Paraíba, só que não passou e já ia fazer outro. Esses negócios que colocaram em certos blogs aí, dizendo que mataram meu filho por acerto de contas de drogas, isso é um absurdo, dizer que meu filho era traficante. Esses vermes que disseram isso, eu quero que tirem isso. Não vão manchar a imagem do meu filho, eu vou botar um processo em quem fez isso”, afirmou a mãe.

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