Publicado às 05h43 desta segunda-feira (5)

Por Jorge Apolônio, Policial Federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Márcia Conrado foi a que demonstrou ter maior domínio dos dados do município. Sendo candidata da situação e tendo trabalhado no governo, era o mínimo que se esperava dela. Mas isso lhe deixa telhado de vidro que Víctor soube muito bem explorar. Dantas também deu-lhe umas estocadas, passando-lhe na cara algumas situações não resolvidas pela gestão atual, Na medida do possível, ela deu algumas respostas convincentes, outras nem tanto, e foi acusada de processos judicias e de mentirosa por Victor diversas vezes.  Já que ela tem o maior domínio dos problemas do governo e teve o poder nas mãos, por que não os resolveu, sobretudo na sua área, a saúde, cheia de vícios eleitoreiros e com duas grandes obras prontas  há anos e não entregues à população.

Victor Oliveira poupou Dantas, mas foi contundente Com Márcia e Socorro Brito. Acusou ambas de estarem processadas por atos ilícitos cometidos em suas respectivas gestões na área da saúde. Disse ele estar com um arsenal de mentiras dos políticos que administraram Serra Talhada e se revezam no poder nos últimos 16 anos, e que publicará tudo esta semana no seu site de campanha. Foi cobrado por Márcia de não ter feito nada por Serra Talhada nesses últimos 4 anos (os tais serviços prestados, os quais ninguém tem obrigação de prestar se não tem cargo público). Também foi cobrado por Márcia por ter ido ele a São Paulo e “abandonado” os serra-talhadenses em plena pandemia da Covid-19. E daì? Qual diferença faria na pandemia a presença dele em Serra Talhada?  Por fim, ela ainda o acusou de não morar em Serra Talhada, desconhecendo que ele administra diariamente na cidade duas empresas da família e ainda leciona na FIS.. Enfim, três acusações tolas de quem não tem o que dizer do outro. Assim ela só dá margem para ele chamá-la mais ainda de mentirosa.

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Marcos Dantas começou sua atuação no debate fazendo uma oração. Que fique declarado aqui que ele é mais uma vez o candidato deste colunista, mas nem por isso será poupado de críticas.  É claro que orar faz bem à alma, mas aquele não era o momento. Ficou patético. Na campanha, ele não precisa ser falso escondendo sua fé, mas precisa tomar cuidado para não transformá-la num instrumento de pieguice. Ao entrar de fato no debate, poupou Víctor e avançou sobre Márcia e Socorro, cobrando delas responsabilidades e ações das gestões delas como ex-secretárias de saúde do município. Apresentou propostas e ideias, assim como os demais candidatos.

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Socorro Brito insistiu diversas vezes em dizer que tem nome RG e CPF, quer dizer, tem identidade própria. Entretanto, contraditoriamente, registrou sua candidatura como Socorro de Carlos Evandro. De cara, uma coisa desmente a outra. Embora negue e aí só convence a si própria (talvez), está bem claro para toda a população que ela está nessa campanha em função do marido que, apesar do alegado problema de saúde, pode fazer campanha e está fazendo firme com ela. Só não é o candidato porque a justiça não deixa, e não por problema de saúde. É outro caso em que de cara uma situação desmente a outra. Ela foi muito cobrada por Márcia e principalmente por Víctor no debate, inclusive acusada de processos judiciais também por enriquecimento ilícito até. Um tanto nervosa, deu respostas na medida do possível. Cobrou de Márcia ações na pasta da saúde. Defendeu seu marido, Carlos Evandro, n vezes, afinal, essa é a sua “missão eleitoral” em função da sua missão conjugal. Todo casado sabe que casamento é uma cruz. E tem hora que peeeeeeesa…

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