Publicado às 03h40 desta quinta-feira (2)

Um jovem vendedor foi alvo de violência policial nas proximidades do Fórum de Serra Talhada. A afirmação vem da mãe do rapaz, Elisângela Pereira, cozinheira, moradora do bairro Universitário, que procurou o programa Frequência Democrática, na manhã dessa quarta-feira (1º) para relatar o drama que o filho passou durante uma revista de policiais militares na Rua Cabo Joaquim da Mata, no bairro Tancredo Neves, por volta das 9h30 da manhã.

Segundo o relato de Dona Elisângela, seu filho estava com fardamento e crachá da empresa que trabalha como vendedor e pilotando uma motocicleta. Ela diz que o filho foi parado pelo policiamento para uma revista e os PMs o abordaram com gestos grosseiros, apontaram uma arma para sua cabeça e ignoraram as provas que ele era um trabalhador.

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A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com Dona Elisângela e seu filho, de 25 anos, que prefere não ser identificado. Segundo o rapaz, em nenhum momento foi questionado sobre documentos pessoais, CNH ou do veículo, além de que um dos policiais militares era conhecido e informou aos demais, o que aumentou a seu estranhamento e constrangimento diante da abordagem da força policial.

“Eu estava na casa de um conhecido e quando vinha para casa a polícia passou por mim e depois deu a volta e já foi logo mandando eu parar: ‘Para, para, mão na cabeça’, apontando a arma para mim. Eu desci, desliguei a moto e coloquei a mão na cabeça. Ele afastou minha perna e começaram a me revistar. Perguntaram de onde eu vinha, para onde eu ia e o que eu estava fazendo ali. Falei que estava trabalhando e um dos policiais eu conhecia de vista e falei para um deles que o conhecia. Ele disse que não com a cabeça e continuaram revistando a moto, minha mochila. Eu fiquei triste porque um deles me conhecia e permitiu que fizessem isso, era 9h30 da manhã, estava andando devagar e quem ver pensa que a pessoa está envolvido em alguma coisa. É constrangedor! Eles não me pediram habilitação, documento da minha moto, nada”, relatou o trabalhador.

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O caso de Dona Elisângela e seu filho retoma o debate dos casos de violência policial que acontecem em Serra Talhada e terminam silenciados pelo 14º Batalhão de Polícia Militar e esquecidos pela população. O último caso viralizou nas redes sociais com um vídeo que mostra dois PMs chutando uma idosa com indícios de ingestão de bebida alcoólica.

A reportagem do Farol entrou em contato com o 14º BPM, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno sobre o assunto.

RELEMBRE

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