DSC_0073Aron Lourenço anuncia o encoleiramento de 5 mil cães para o controle da Leishmaniose em Serra Talhada

Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Em seis anos, Serra Talhada contabilizou 27 casos de Leishmaniose em humanos, com três óbitos registrados entre 2009 a 2015, segundo dados coletados pelo FAROL junto ao Núcleo Municipal de Vigilância em Saúde. Em apenas um ano, a transmissão da doença para humanos aumentou 266%, saindo de três casos em 2013 para 11 em 2014. Por outro lado, as ações de controle do Núcleo de Vigilância registraram 26,7% de casos positivos em cães, contabilizando 174 casos em oito meses. Os principais bairros afetados são a AABB e Ipsep. Os dados preocupantes levaram a Vigilância em Saúde a criar um projeto de contenção da doença no município.

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Só neste primeiro semestre de 2015 foram registrados cinco casos de Leishmaniose em humanos na Capital do Xaxado, mas sem óbitos este ano. Em conversa com o FAROL, o secretário-executivo de Saúde Aron Lourenço detalhou que o projeto, aprovado pelo Ministério da Saúde, tem a expectativa de atender cerca de 5 mil cães, o principal vetor da doença, a partir de agosto. Segundo ele, foi feito um mapeamento prévio com o quantitativo de cães infectados no município e será realizada a aplicação de coleiras com o inseticida deltametrina, que inibe o mosquito transmissor da Leishmaniose.

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“O projeto que a gente fez foi em educação e saúde de prevenção e controle da Leishmaniose, em função do aumento de casos em humanos que nós detectamos, no ano de 2014 teve um aumento considerável de casos humanos. Tivemos a preocupação de intensificar, fazendo um projeto com um plano de trabalho encaminhado para o Ministério e esse ano eles estão liberando 5 mil coleiras para encoleirar esses cães. Nas coleiras tem a deltametrina, substância inseticida para repelir o inseto que transmite o ‘calazar’, que é o Lutzomyia longipalpis (Mosquito-palha). E ele estando com essa coleira, naturalmente repele essa coleira”, disse Aron.

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O secretário explica que o monitoramento dos cães será periódico. Cada coleira tem uma validade de seis meses, com o custo médio de R$ 90, pagos pelo Ministério da Saúde. Como o projeto da prefeitura solicita 5 mil, a previsão é que o custo total da ação gire em torno de R$ 450 mil. “Vamos ficar monitorando os casos para saber se realmente está sendo eficaz. Tem todo um processo, vamos fazer armadilhas para capturas dos insetos transmissores e, dentro desse projeto, vamos fazer inquérito sorológico de cada cão domiciliar no município”, concluiu Aron Lourenço. Recentemente, Serra Talhada destacou-se de forma negativa no ranking estadual que avaliou o índice de infestação por Leishmaniose nos municípios pernambucanos.

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Confira abaixo a tabela de bairros infectados nos últimos anos

leishmanioseFonte: Núcleo de Vigilância em Saúde

*O bairro do Ipsep contabilizou dois casos que não constam na tabela, pois foram atendidos fora do município e repassados ao Núcleo de Vigilância em Saúde.