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Foto: Farol de Notícias / Thiago Henrique / Alejandro García

Moradores estão denunciando falhas na estrutura do canil do Hospital Veterinário, que integra o complexo do Centro de Zoonozes de Serra Talhada. Ativistas protetores de animais alertam para risco de contaminação de cães por Leishmaniose. De acordo com o trabalhador autônomo Thiago Henrique, de 25 anos, as celas de cães saudáveis estão muito próximas dos espaços reservados para os cachorros com suspeita da doença; há falta de proteção aos mosquitos transmissores e não são realizados exames de detecção do ‘calazar’ no momento de saída do cachorro. Na tarde desta terça-feira (22), o jovem procurou o FAROL para relatar sua indignação e cobrar providências da diretoria da instituição.

DSC_0017“As irregularidades são muito simples, existe a Leishmaniose na nossa cidade que é muito sério e está levando a eutanásia de muitos animais. A prefeitura inicialmente começou com uma campanha de encoleiramento. Para uma suposta prevenção da Leishmaniose, mas para mim não passa de uma questão política. Porque no Hospital Veterinário onde deveriam estar combatendo, não estão. Lá não te estrutura adequada para abrigar os animais que estão com a doença, recolhem os animais doentes na rua e colocam em celas vizinhas as celas que os animais saudáveis ficam. A probabilidade de contaminação é altíssima, quem é que garante se quando esses cachorros voltarem para a rua não estarão contaminados, se quando eles saem não fazem teste”, explicou

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Thiago trabalhou como voluntário no hospital e diz que as medidas a serem tomadas são simples, mas falta boa vontade. “Eu acho que o trabalho está sendo totalmente ao contrário, ao invés de combater estão contribuindo para a Leishmaniose. O procedimento é muito simples, é só questão que construir leitos específicos para os animais doentes e não misturá-los com os saudáveis, colocar telas de proteção para ou armadilhas para afastar os mosquitos. É uma medida simples, não daria trabalho, e quase nenhum custo ao poder público. Eu acho que falta boa vontade, porque os que se dizem responsáveis pelo hospital fazem vista grossa. Já cobrei deles, faz seis meses que cobrei a primeira vez e eles admitem o erro, mas não tomam providências”, reclamou Thiago.

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O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL entrou em contato com o Hospital Veterinário do Centro de Zoonozes e conversou com o veterinário Jackson Teotônio. Ele explicou que o canil de observação comporta apenas animais suspeitos de contaminação por Leishamniose e garantiu que nunca houve problemas.

“Os animais que chegam aqui precisam passar pela triagem, são dois exames o rápido e o Elisa. Eu só posso eliminar o cão depois desses dois procedimentos. Já fazemos esse trabalho há um ano e nunca houve reclamação de animais adotados que voltaram contaminados. Eu convido o Farol de Notícias, a visitar o canil e conferir todo o trabalho. Os animais estão vulneráveis em qualquer lugar”, disse o veterinário.