Publicado às 09h50 desta quinta-feira (4)

Uma mãe serra-talhadense entrou em contato com o Farol de Notícias para denunciar um caso de constrangimento que seu filho, de 13 anos, passou na Escola Vicente Inácio de Oliveira, do bairro Mutirão. A doméstica Rosimeire Rocha da Silva, 38 anos, teve seu filho impedido de assistir as aulas nessa quarta-feira (3) por estar sem o fardamento escolar. Segundo ela, o garoto voltou para casa envergonhado e chorando por ter sido barrado no portão da instituição que estuda há 4 anos.

“Aconteceu algo com meu filho hoje que eu estou indignada. Ele foi barrado na porta da escola por falta da blusa da escolar, agora não deixaram ele entrar na escola por causa da camiseta, só que ela veio em um tamanho GG e ele é magrinho e pequeno. Ficou enorme e feio, ele não gosta. Passou pelo constrangimento de ser barrado na porta da escola e voltou para casa com vergonha e chorando. Eu acho que não é por causa de uma blusa que a criança tem que ser impedida de ir para a escola. Se a mãe não deixar o filho ir para escola aparece Conselho Tutelar, aparece polícia”, disse a mãe revoltada, completando:

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“Eu concordo, é regra da escola, eu concordo. Só que se tivesse dado uma camiseta do tamanho dele não estaria acontecendo nada disso. E ele tem vergonha, não tiro a razão dele, a camiseta está parecendo um vestido. Eu estava no trabalho, minha filha de 18 anos levou ele de volta para a escola e não deixaram entrar de novo. Meu filho foi barrado na porta da escola como se tivesse cometido algum delito e não foi bem assim, deixo aqui a minha indignação e a minha revolta. Mandei mensagem para a gestora”.

OUTRO LADO

De acordo com Rosimeire Rocha, a gestora da instituição lhe explicou que a normativa do fardamento vem da Secretaria de Educação e que ela poderia procurar os seus direitos. Ela ainda explicitou que sua filha que estuda em outra escola municipal teve a possibilidade de informar o tamanho do fardamento que vestia e receber a camiseta adequada.

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“A gestora alegou que o tamanho das fardas seria referente a série da criança, não a idade e não ao tamanho e sim a série. Mas meu filho tem 13 anos, no 8º ano tem bastante rapazinho, mas é magrinho e pequeno. Minha filha estuda no Cônego e perguntaram a ela que tamanho vestia e veio P, que ela usa, porque também é pequena. A gestora falou que por isso foi que entregou as fardas antes do recesso para dar tempo de apertar em uma costureira. E eu respondi que estava sem condições de mandar para costureira”, finalizou.

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com a Secretaria de Educação de Serra Talhada para saber como poderia ser resolvido a situação do estudante, mas até o fechamento desta edição não obteve respostas.