O ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou nos depoimentos de sua delação premiada que fez pegamentos destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alguns, inclusive em dinheiro vivo.

Segundo a revista “IstoÉ”, os valores foram repassados pelo Setor de Operações Estruturadas, que ficou conhecido como “departamento da propina”. Os repasses teriam sido efetuados, em sua maioria, quando Lula não mais ocupava o Palácio do Planalto. O maior fluxo ocorreu entre 2012 e 2013.

Ainda de acordo com a revista, os pagamentos em dinheiro vivo fazem parte do que investigadores costumam classificar de “método clássico” da prática corrupta. Em geral, é uma maneira de evitar registros de entrada, para quem recebe, e de saída, para quem paga, de dinheiro ilegal.

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Os advogados do petista disseram, em nota, que não comentam “especulação de delação” e que nenhuma das acusações contra o ex-presidente no processo sobre o tríplex do Guarujá foi confirmada.

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), os documentos da construtora apontam para repasses de R$ 23 milhões, dos quais R$ 8 milhões teriam sido a pedido de Antônio Palocci. Em seu depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht teria ainda indicado a destinação dos outros R$ 15 milhões.

O empresário, preso em Curitiba desde junho de 2015, está prestando depoimentos desde a última segunda-feira (12), sendo que o mais longo foi na terça-feira, com 10 horas de duração e pausa de 2 horas para almoço.

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Do Blog do Jamildo