Publicado às 05h35 deste domingo (31)

Por Dr. Luiz Pinto, médico-urologista de Serra Talhada

Humilhado quando criança

Quando era um menino levei uma surra de um menino grande que não gostava de mim não sabia o porquê. Ainda com minha personalidade frágil acreditava que era um fraco, feio, uma incompetência geral. Como de fato era ruim nas notas da escola, ele me vigiava o dia todo e espalhou que eu era um burro.

O desgraçado era também meu vizinho e junto com seus irmãos, novamente deram-me mais uma surra. No futebol eu era péssimo, o que fez piorar minha situação no bairro, e no ano do vestibular, eu já adolescente, me inscrevi e ele dizia a todos: ‘esse não passaria jamais’.

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Eu então entrei para o Judô tornando-me uma faixa preta, mas como ele não sabia disso tentou me esmurrar mais uma vez e o resultado vocês podem imaginar. O fato é que passei no vestibular de medicina de primeira vez, passei também para cadete do Exército no mesmo ano, em plena catarse chorei por esse feito milagroso. Agradeci a Deidade e até mesmo a esse desafeto amigo do bairro e seus quatro irmãos, ofereci-os a Deus, pois eles foram muito importantes para minha revolução interior.

O Judô é sinônimo de superação, – Judô é utilizar-se da adversidade alheia em detrimento de uma força de vontade adormecida em nosso interior. Obrigado, Mestre Natal, por tudo que ensinastes no Judô. E vejam: nunca mais encontrei esse dito vizinho, mas se nos encontrássemos por ai, além de perdoá-lo, diria para ele de coração: Obrigado cara, fique com Deus ,- você me ajudou mesmo sem querer, valeu!

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