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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Diante o iminente risco que o mosquito Aedes Aegypti tem oferecido a população serra-talhadense uma das medidas de prevenção que vêm sendo adotadas é o uso de repelentes. O produto promete proteger das picadas do mosquito, e é comercializado principalmente em farmácias, que registram aumento nas vendas da mercadoria. O FAROL foi às ruas e conversou com proprietários e funcionários de cinco farmácias do centro comercial da cidade, onde eles confirmam aumento da procura em até 500%. Resultado: os repelentes estão se esgotando no estoque das farmácias e até das distribuidoras. Confira os depoimentos.

DSC_0096Ana Lúcia Ferraz, proprietária da Farmácia Santa Clara: “Nesses últimos dias aumentou muito a procura, acredito que aumentou em torno de 80% a venda de repelentes. Quem está procurando mais são as mulheres, principalmente as grávidas que estão apavoradas, as que têm crianças. Quase todas as pessoas estão procurando os repelentes aqui na farmácia. Em torno de dois meses vem aumentando a procura maior, antes era apenas esporadicamente. Tive que aumentar demais o estoque e não acho que isso seja bom, tudo que você usa demais não é bom para saúde. Você está colocando um produto químico no seu corpo. Agora, entre o problema do repelente e as doenças que o Aedes Aegypti ocasiona, o repelente tem muito menos consequência que o mosquito. Aqui em Serra Talhada eu acredito que ainda não apareceu um surto, mas a população estão se precavendo”.

DSC_0115Jean Lorena e Sá, proprietário da Farmácia Servebem: “Aumentou a procura de repelentes na nossa farmácia bastante, só que nas distribuidoras que contatamos já está faltando. Essa procura vem aumento a umas duas semanas e já não temos mais estoque para suprir a necessidade dos clientes. Estou tentando conseguir outros distribuidoras, mas não está tendo em nenhuma, está difícil. Geralmente são homens e mulheres de classe média, muitas gestantes e mães que buscam o produto para seus filhos. Eu entendo que a população tem realmente se preocupado muito com a Dengue, a Zica e a Chikungunya. Se os governos não estão tomando os cuidados o povo tem que tomar e se prevenir. Porque não tem um carro de ‘fumacê’ na rua, não tem nada. A prefeitura não cuida da sociedade, o povo é que tem que se cuidar, se prevenir”.

DSC_0107Sidney Barros, gerente da Farmácia Pague Menos:

“Estamos percebendo que a procura de repelentes na farmácia tem aumentado muito mais do que era esperado por nós e até mesmo por nossos distribuidores. Acredito que aumentou em torno de 500% em cerca de 30 a 45 dias apenas, é um aumento muito considerável e nem os distribuidores de medicamentos estavam preparados para atender essa demanda, o estoque está praticamente esgotado e sempre que chegam os produtos vendemos em poucos dias. A preocupação com o mosquito transmissor da Denque e demais doenças é algo fundamental, mas em termos de saúde é uma questão de saúde pública. Em termos de faturamento é muito bom para a farmácia, mas termos de saúde, não. Os clientes que mais procuram repelentes são mulheres gestantes e pais que compram para proteger seus filhos”.

DSC_0110Greice Kelly, funcionária da Farmácia do Povo há 3 anos:

“A venda de repelentes tem aumentado bastante, um aumento bem considerável. Não temos um percentual ao certo, mas os repelentes estão muito procurados há cerca de um mês ou dois meses. Ultimamente as mulheres e as gestantes são as mais interessadas no produto e o nosso estoque não tem suprido 100% da procura, pois tem sido muito grande. Estamos com problemas coma distribuidora, pois eles também estão com o estoque pequeno de repelentes, não tem suficiente. Temos muito funcionários e cada um sabe as vendas que têm feito, mas falando por mim, creio que tenho vendido cerca de 20 repelentes por dia há mais ou menos um mês. É realmente uma procura grande e não esperávamos, já tiveram casos de clientes que saíram da farmácia sem o produto, pois não tinha mesmo no depósito”.

DSC_0117Edilma Costa, funcionário da Farmácia Lorena há 27 anos: “Aqui todos os repelentes que tínhamos já foram vendidos, não temos mais estoque e não tem sequer para a gente comprar. Está em falta em todos os lugares, nas outras farmácias, nas distribuidoras, a procura é muito grande. Todo mundo tem procurado, desde crianças até mulheres gestantes. E desde que começaram a divulgar na mídia com relação às doenças que o Aedes Aegypti transmite que a procura começou e vendemos todos os repelentes que tínhamos nas prateleiras e no estoque. É difícil para a população e para os comerciantes, o conselho é que seja usado o repelente, mas se não tem como o pessoal irá comprar? É complicado, a gente não sabe até que ponto o repelente protege a gente do mosquito. Tem outras medidas de prevenção que também precisam ser tomadas nas “.