Paulista do município de Tietê, Michel Temer afirmou nesta terça-feira (27), durante uma cerimônia em Maceió, que sonha em ser reconhecido, ao concluir seu mandato, como o “maior presidente nordestino que passou pelo Brasil”. O peemedebista é o filho caçula de um casal que imigrou do Líbano para São Paulo na década de 1920.

Temer viajou nesta terça para Alagoas, reduto eleitoral do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para anunciar o repasse de R$ 756 milhões a 15 estados para combater a seca.

Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Michel Temer escolheu Alagoas como palco da apresentação dos investimentos para fazer um afago no presidente do Senado, que se tornou um aliado estratégico do Palácio do Planalto nos últimos meses.

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Além de ser a base eleitoral do senador do PMDB, Alagoas é governado por Renan Filho (PMDB), primogênito do presidente do Senado.

Embora tenha um história de rivalidade com Temer dentro do PMDB, Renan conduziu importantes votações de interesse do governo federal, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituiu um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

“Vocês ouviram aqui um grande debate de tudo o que o governo federal está fazendo para o Nordeste. Naturalmente, tudo isso passa pela minha mesa. É que eu tenho um objetivo e um sonho. Meu objetivo e meu sonho é que, ao final do meu mandato, que embora sendo eu de São Paulo, vocês possam dizer que esse foi o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil”, discursou Temer em meio ao evento de anúncio dos recursos para tentar aliviar os impactos da falta de chuva.

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Combate à seca

Os recursos anunciados nesta terça por Temer para combater a seca serão repassados a 15 estados das regiões Nordeste, Norte, Sul e Sudeste: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.

Segundo o governo federal, os estados que receberão mais recursos serão Bahia (R$ 189,2 milhões), Pernambuco (R$ 155,8 milhões) e Ceará (R$ 68,6 milhões).