Publicado às 05h16 desta quinta-feira (27)

Diante da preocupação do Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, com o aumento de casos da Covid-19 na III Macrorregião de Saúde, a qual Serra Talhada está inserida, o Farol foi às ruas do IPSEP conversar com os moradores, por ser o bairro que apresenta o maior número de positivados. Até essa quarta-feira (26), foram cravados 527 casos do novo coronavírus

Os seis moradores ouvidos pela reportagem se mostraram preocupados e com medo da situação, embora alguns afirmaram que não há muito o que fazer além de seguir cumprindo as medidas já recomendadas, mas acreditam que endurecer as medidas pode diminuir o fluxo de contaminações na cidade mesmo sabendo que muitos não irão cumpri-las.

Débora Alves, 17 anos, estudante, disse: ”A gente se preocupa muito com os casos só aumentando, mas não temos muito o que fazer. Só continuar usando máscara, álcool em gel, lavar sempre as mãos quando estamos em casa. Talvez com medidas mais rígidas diminuam, mas só quem sabe é Deus.”

A irmã de Débora, Emyle Alves, 15 anos, também estudante enfatiza que os cuidados devem continuar e mesmo com medo acredita no cultivo da fé, que devemos confiar.”Eu tenho medo, mas a gente confia em Deus porque ele é quem cuida da gente, mas não esquecer de tomar todas as medidas necessárias. Estou usando máscara, o álcool e tomando as medidas recomendadas. Endurecer as medidas é o correto a ser feito.”

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A estudante de Direito Tamires Lima, 24 anos, disse que apesar de não ter ninguém em casa contaminado está com medo porque não se sabe muito sobre as possibilidade de reinfecção. Relatou que conhece pessoas que mesmo após muito tempo de contágio, vez ou outra reaparecem os sintomas e isso pode tornar o contato com essas pessoas mais receoso. A jovem ainda destacou a desobediência em relação as medidas por parte da população.

”Tenho medo, até agora não tem ninguém lá em casa contaminado, mas conheço várias pessoas que já pegaram e muitas ficaram com consequências, algumas depois de 4 meses que tiveram vez ou outra aparecem os sintomas, não voltaram a normalidade. Então meu medo é que, se depois que a pessoa já teve eu posso me aproximar depois do prazo ou se devo continuar com medo de me aproximar porque a gente não sabe se a doença pode voltar. Eu continuo com as medidas que já foram passadas, não temos mais o que fazer. Mesmo que tome medidas mais duras o difícil vai ser a população obedecer porque uns cumprem outros não.”

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Elaine Guerra, 22 anos, Técnica de Enfermagem, teme que todos sejam contaminados porque mesmo tomando os cuidados, segundo ela, não estamos inumes. Ainda falou que as medidas deveriam ter sido endurecidas no início da pandemia, mas ainda assim podem diminuir os casos. Elaine também enfatizou a questão da desobediência do serra-talhadense.

”A gente fica com medo porque com esse aumentos de casos vai terminar todo mundo se infectando. Estou tomando todos os cuidados de proteção, mas não estamos imunes. As medidas duras eram para ter sido tomadas desde o começo. O prefeito tentou fechar algumas entradas, mas não adiantou de nada, terminou as pessoas não obedecendo, mas mesmo a essa altura, pode ser que endurecendo as medidas os casos diminuam, embora a gente saiba que muitas pessoas não vão cumprir.”

Assim como Elaine Maria Clécia Gomes, 28 anos, agricultora, afirmou que o endurecimentos das medidas de proteção era para ter sido feito antes e disse que teme o contágio porque têm contanto com muitas pessoas no trabalho, inclusive revelou que pessoas infectadas estão circulando nas ruas sem máscaras, fato este que gera mais medo na população.

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”Se tivessem feito isso antes talvez não tivesse tantos casos, tantas mortes. A gente fica com medo porque trabalhando temos contato com todo tipo de pessoas e não sabemos quem está contaminado e quem não está. Tem pessoas que sabem que estão contaminados e sai de casa, ainda mais sem máscara Faz muito medo, mas estamos lavando as mãos sempre com água e sabão, porque as mãos já não aguentam mais o álcool.”

Reginaldo Freire da Silva, 56 anos, mototaxista, disse está com medo e pede misericórdia a Deus para todos porque há aquelas pessoas que não se cuidam. ”Eu mesmo estou com muito medo, Deus tenha misericórdia de nós. Deveria parar logo tudo porque a gente tem todo cuidado, mas temos contato com muita gente que talvez não tenha os cuidados recomendamos.”