A Adutora do Saco, em Serra Talhada, que foi acionada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para tirar sete bairros da escala de racionamento de água, está sendo alvo de críticas pelos moradores do bairro Mutirão, que detém o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Capital do Xaxado. Os moradores reclamam da qualidade da água que está saido das torneiras.

“Todos estão reclamando do mau cheiro, da cor e do gosto da água. Isto não existe. Estou preocupada, porque até os moradores da Fazenda Saco não se utilizam dela. Como é que a Compesa resolveu mandar pra gente se nem o povo de lá bebe dessa água”, questionou Regina Gualberto, presidente da Associação dos Moradores do Mutirão.

Indignada, a líder comunitária também cobra da Compesa o fechamento de vários buracos que foram escavados no bairro, por uma empreteira estatal. “A empresa abriu um monte de buracos num calçamento recém-construído. Abriu e não fechou. Quero providências da Compesa”, cobrou Regina Gualberto.

O OUTRO LADO

O FAROL entrou em contato com a gerência da Compesa que fez questão de esclarecer os fatos. “A água que é fornecida para zona urbana de Serra Talhada recebe todo o tratamento químico necessário e não coloca em risco a saúde humana e ainda se mistura com as águas do Cachoeira”, explicou Francisco Sá, coordenador regional da Compesa.

Quanto aos buracos ele foi taxativo: “Não existe nenhuma empreiteira da Compesa trabalhando no bairro Mutirão. Temos apenas uma empreteira, que é a Joles, que vem realizando um trabalho no bairro da Cohab”, concluiu Francisco Sá.