Publicado às 13h19 desta segunda-feira (19)

Após saber que o companheiro da serra-talhadense Maria do Socorro Artur de Silva, 48 anos, foi liberado pela Justiça mesmo após a agredir brutalmente com pedradas na cabeça por ela se recusar a ter relações sexuais na última terça-feira (13) (relembre aqui), uma irmã da vítima procurou a redação do Farol temendo que ele voltasse para uma nova agressão. Diante da situação, a vítima concedeu entrevista exclusiva ao Farol e cobrou justiça pelo atentado que sofreu.

Maria do Socorro, que reside no bairro São Cristóvão, relatou o que aconteceu, pouco antes da agressão, informando sempre que toma remédio para acalmar os nervos e dormir tranquilamente. Ela costuma sempre tomar 2 gotas de Clonazepan, porém na noite do crime acabou virando o frasco e colocou – segunda ela – “umas 4 gotas”. Após a medicação, foi dormir ao lado do companheiro, disse que iria deitar, porque no dia seguinte precisava acordar cedo para ir trabalhar. Porém, o companheiro não ficou satisfeito com a situação.

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”Eu estava dormindo sob o efeito do remédio e ele tentou passar a mão em mim, eu empurrei a mão dele como uma mulher normal faria. Ele tentou de novo, eu empurrei de novo por 3 vezes, em seguida senti que ele se levantou da cama, mas eu não imaginaria que ele ia buscar uma pedra para tacar na minha cabeça, ele foi pegar a pedra fora, ele fez tudo planejado. Eu fico imaginando, como uma pessoa como ele planejou me matar dessa forma. Jamais pensaria isso, se ele tivesse falado alguma coisa e eu tivesse percebido que ele estava com raiva eu tinha me acordado, mesmo com sono e tinha esperado ele acordada para a gente conversar sobre o assunto. Se eu estava sob efeito de remédio, querendo dormir, ele não tinha o direito de me acordar”, relatou acrescentando:

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”Eu estava dormindo, não ouvi a pancada, acordei como se estivesse me afogando, sem enxergar, com falta de ar e gritando pelos meus filhos. Na hora eu gritava: socorro, Alexandre [seu filho] socorro tem alguém querendo me matar, mas não esperava que fosse ele, nunca passou pela minha cabeça, nunca aconteceu nada parecido. Era prestativo, sempre fazia as coisas direitinho para mim, se eu sentisse uma dor de cabeça ele corria comprar remédio, sempre cuidando bem de mim. Eu tenho medo dele aparecer na minha casa. Ele foi para o Sítio São Gonçalo, peço que o delegado vá buscar ele, ele sabe onde ele está. Me sinto cada dia mais revoltada, ele me matou, me pegou sem eu poder me defender, eu não discuti com ele, não teve briga, não teve nada, só aquele momento que ele tentou ter relação e eu afastei a mão, e ainda me roubou R$ 200 reais”, apelou a vítima.

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DELEGADO SE MANIFESTOU

A reportagem também conversou com o Delegado de Polícia, Alexandre Barros, que fez um breve informe, assegurando que a polícia avançou no trabalho de investigação. “Ele [o marido] foi interrogado e está em liberdade, até sair o mandado de prisão, que já foi pedido”, revelou.