As atividades de urbanização do Mutirão iniciaram há mais de um ano e têm impacto direto na vida de várias famílias. O bairro detém o menor índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade. Na opinião da presidente da Associação de Moradores do Mutirão, Regina Silva, o bairro vive uma situação de desprezo. “É mais uma drama que estamos sofrendo. Tinha mais gente trabalhando na obra mas foram sendo demitidos aos poucos e os que continuam não recebem seus salários”, lamenta.
A reorganização urbana do bairro do Mutirão vem sendo alvo de polêmica desde a sua gestação. Anunciada com forte estardalhaço pelo então deputado Augusto César Filho, que espalhou outdoors pela cidade divulgando a conquista, a obra, hoje, caminha a passos de tartaruga. Para anunciar o começo das obras, antes das eleições, foi realizado um ato público no bairro, com as presenças de políticos como Armando Monteiro Neto e Humberto Costa (na época Secretário das Cidades).
PROBLEMAS
No fim da contas, foram-se os políticos, restaram os problemas. Principalmente em períodos chuvosos, quando as águas avançam sobre as ruas do bairro criando piscinas de lama e colocando em risco a saúde da população. No papel, o projeto de urbanização pretende acabar com transtornos como esses. Está orçado em mais de R$ 5 milhões, que serão investidos em serviços de saneamento básico, calçamentos, reforma de casas e construção de praças.
O debate sobre os problemas enfrentados pelos moradores do Mutirão em relação às obras de urbanização chegou até a sessão da Câmara de Vereadores. Na última segunda-feira (18), o vereador Gilson Pereira (PTB) convocou uma audiência pública para debater os conflitos existentes no local. Uma das justificativas do parlamentar, é de que ninguém tem conhecimento do projeto urbanístico. “O fato é que as obras estão paradas e falta explicação para muita coisa”, disse.
Já o vereador Zé Raimundo Filho, também do PTB, propôs uma ação mais ousada. “A Câmara (de Vereadores) precisa ir no local averiguar os desacertos e protocolar as irregularidades junto aos órgãos competentes.” Por telefone, O FAROL DE NOTICIAS tentou ouvir representantes da empresa Duarte Carvalho em Serra Talhada, mas não obteve nenhum retorno das ligações até o fechamento desta matéria.
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