Publicado às 14h45 desta quarta (13)

Atendimentos por falta de ar em postos de saúde e no Hospam têm aumentado consideravelmente em Serra Talhada diante o avanço do coronavírus no município.

Só neste início de semana, pelo menos quatro pessoas buscaram o Hospital Professor Agamenon Magalhães acreditando sentir a falta de ar característica da covid-19.

Mas era ansiedade. E, convenhamos, de fato são muitas as informações para assimilar enquanto a doença avança, silenciosamente, a cada dia.

Por conta disso, a Prefeitura de Serra Talhada inaugurou um canal online de orientação psicológica. O programa visa o atendimento as pessoas com maior idade em sofrimento psíquico advindo do distanciamento social. Para contactar os serviços é preciso ligar:

87- 9 – 9201 – 4078 

87 – 9 – 9822 – 9977 

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COMO DIFERENCIAR A FALTA DE AR?

O psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP),  em entrevista à CNN Brasil [veja aqui], dá detalhes de como diferenciar a falta de ar causada pela ansiedade com o sintoma mais grave da infecção pelo novo coronavírus.

Para começar, o especialista explicou que há dois tipos de ansiedade: pode ser um sintoma, mas também uma doença propriamente dita. “Às vezes a pessoa tem um quadro depressivo e dentro disso tem o sintoma da ansiedade. Já na síndrome, o conjunto de sintomas a caracteriza, e ela tem que ser tratada”, esclarece.

Com isso, o médico diz que a ansiedade comum pode ocorrer por vários motivos do dia a dia. “Normalmente, a ansiedade tem uma associação temática, ou seja, tem um tema que me leva a ter aquele sintoma”, diz o psiquiatra. Nesses casos, o sintoma passa com atitudes simples. Ele exemplifica: “Quando eu penso em adoecer, tenho medo, o coração dispara e dá aquela falta de ar e sufocamento. Isso é puramente da ansiedade, que pode vir a passar com um copo de água”, acrescenta.

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Esse cenário, no entanto, não se aplica aos aqueles casos de síndrome com diagnóstico médico. “Na ansiedade doença, isso não vai passar. Vai continuar por mais um tempo. A pessoa vai sentir isso durante mais um período, mas não durante 24h seguidas”, completa ele.

E esses dois tipos de manifestação de ansiedade são diferentes do que pode gerar falta de ar no caso do novo coronavírus. “Na COVID-19, a ansiedade dela é constante. A ansiedade do quadro psiquiátrico é intermitente, ela aparece e some – mesmo que dure um tempo prolongado entre 2h a 3h”, compara. “No caso da COVID-19, não. Inclusive, é um momento de urgência no qual se deve procurar o sistema de saúde”, alerta.

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Para preservar a saúde mental, o especialista finaliza com duas dicas: atividade física regular dentro de casa e horário para acordar e para dormir.

Farol com informações da CNN Brasil