Após o governador Paulo Câmara decretar quarentena no estado de Pernambuco, a reportagem do Farol foi as ruas de Serra Talhada ouvir a opinião da população.
Foram entrevistados 8 populares entre moradores da cidade e da zona rural e apenas 1 concordou com o novo decreto.
Outros afirmam que avaliam os dois lados da situação, uma vez que o fechamento é para o bem comum, porém reconhecem as dificuldade que pode ocasionar para comerciantes e comerciários.
FALA POVO SOBRE QUARENTENA EM SERRA TALHADA
Francisco de Assis Ferreira, 62 anos, agricultor, morador do Sítio Salgadinho, distrito de Serra Talhada.
Renato Irineu Gomes de Moura, 31 anos, serralheiro, morador do Ipsep em Serra Talhada
Gildomar Soares do Nascimento, 28 anos, vendedor, morador do Vila Bela em Serra Talhada.
Damião Ferreira, 57 anos, agricultor, morador do Saco da Roça, distrito de Serra Talhada.
Luiz de Varzinha, 53 anos, carpinteiro.
Edvaldo Aureliano dos Santos, 52 anos, vendedor de picolé, morador de Serra Talhada.
Um outro morador de Varzinha, distrito de Serra Talhada também opinou, contudo preferiu não se identificar.
”Isso aí é difícil. Fechar depois que já está nessas alturas? De qualquer maneira a doença continua e o pessoal vai viver de quê? Por mim tanto faz, mas acho que não resolve nada não.”
Uma vendedora que trabalha do comércio local também deu sua opinião pedindo anonimato. Disse que analisar as duas situações e falou de dificuldades e falta de consciência das pessoas.
”Não concordo. Se o comercio fechar como vamos vender? A maioria que trabalha no comércio sem carteira assinada só recebe R$ 500 pelo tempo que passar fechado. Eu vou receber só meio salário, fica muito difícil para uma dona de casa que cuida de uma filha sozinha e que paga um aluguel de R$ 500 todo mês, o que vou receber é só para pagar o aluguel. Por outro lado, seria bom porque as pessoas não se conscientizam, se viessem ao comércio só para comprar e ir embora para casa, mas não.
Tem pessoas que vêm às lojas que acabaram de sair do hospital com covid e vem para as lojas comparem. Outra coisa erradíssima, enfermeiras que saem dos hospitais e vem para as lojas com a roupa de fardamento do trabalho. Qual a conscientização de uma enfermeira dessas? A situação é difícil para todas as pessoas, e para nós mais ainda. O empregador também vai sofrer, mas tem muito mais condições financeiras do que os funcionários.”
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