Publicado às 04h20 desta segunda-feira (15)

Por Giovanni Sá, editor do Farol

Prestei muita atenção aos guias eleitorais dos presidenciáveis Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT, e cheguei a conclusão que foram aplicadas as mesmas fórmulas com foco na ‘maquiagem’, mas é triste admitir: estamos num Brasil dividido e sem projetos.

Os candidatos não debatem ideias, mas trocam insultos, não apresentam provas que poderão resolver problemas sérios como a chaga do desemprego, um projeto decente para a educação ou mesmo como buscar pistas para resolver graves entraves na saúde, infraestrutura e saneamento básico, por exemplo.

O que vimos até agora foi um candidato forçar um choro apelativo e piegas, afirmando que ‘desatou’ uma vasectomia. Do outro lado, o adversário forçar em ‘colar’ a imagem de beligerante e intolerante ao seu opositor. Francamente, quem em sã consciência absorveu algo de positivo nos guias de Bolsonaro e Haddad?

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Correndo por fora, a intolerância e o desrespeito ao ser humano são noticiados diariamente. Seres humanos sendo espancados e mortos pelo simples fato de externarem suas convicções políticas, e, cá pra nós, neste País não há sinais de pacificação pós eleição.

Na semana passada, fui alvo de provocação aqui mesmo em Serra Talhada, quando um jovem passou por mim, aos gritos, com os braços erguidos: ‘Giovanni, é Bolsonaro, é Bolsonaro’. Ora, não votei nestes candidatos no primeiro turno, não tenho simpatia por ambos, e sequer conheço o provocador. Tenho ou não o direito de divergir? Que Deus tenha piedade deste País!