Publicado às 06h26 desta terça-feira (2)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol de Notícias

A eleição do deputado Arthur Lira para a presidência da Câmara dos Deputados, no final da noite dessa segunda-feira (1), revela que o Brasil, aos poucos, está se tornando um ‘campo minado’ quando o assunto é democracia. É contraditório. Afinal, os deputados foram eleitos pelo voto direto, e a eleição foi secreta, também via voto direto.

Mas, afinal, qual o perigo, cara pálida? A resposta também não é difícil, se o presidente da República, Jair Bolsonaro, não tivesse interferido diretamente no resultado final. Logo ele, que pregou que iria acabar com a ‘velha política’ e sepultar o ‘Centrão’? Um grupo de deputados acostumados ao ‘toma lá-dá- cá’, tão combatido pelos bolsonaristas? Quanto custou a eleição de Lira? quanto vai custar aos cofres públicos? Façam as suas apostas;

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Noves fora nada, sinto que o País se transforma numa democracia ‘bozofascista’. Na Procuradoria Geral da República, um procurador que não está disposto a qualquer tipo de investigação contra o presidente, pois é ‘amigo o rei’. O Exército Brasileiro se tornou marionete no xadrez de Bolsonaro, setores da Polícia Federal agem para ‘blindar’ os irmãos metralhas, e agora, a cereja do bolo: um Congresso Nacional de cócoras para o Poder Executivo. Uma vergonha.

O Centrão agora é moda. Que venham os discípulos de Cunha, Roberto Jeferson, Geddel, e toda esta turma que entende do traçado, prontos para servir o ‘El Rei’. A sensação é que estamos submergindo às profundezas dos infernos. Aliás, de inferno Bolsonaro entende.