Concebida na gestão do governo Augusto César (1993-1996) a Guarda Municipal de Serra Talhada vive um dos momentos mais críticos  desde a sua fundação. Um dos principais objetivos da guarda é zelar e ajudar na preservação do patrimônio público, entre  eles, praças, escolas, postos de saúde.

Entretanto, os constantes conflitos internos e jogos de interesses políticos, transformaram a Guarda Municipal numa casa aberta de problemas mal resolvidos. Nos últimos dois anos, por exemplo, ‘caíram’ três comandantes. Não por culpa do prefeito Carlos Evandro que fez a indicação, mas por inoperância ou problemas transversais de quem esteve no comando.

Agora, quem acabou de cair foi o advogado Ivan Rufino, abrindo uma nova crise na instituição que deveria servir de exemplo. Interinamente assumiu o guarda de carreira Auremar Gama, irmão da vereadora Vera  Gama, que diz contar com o apoio de 80% da categoria.

“Eu não sou o comandante da guarda sou inspetor. O prefeito ainda não fez a nomeação do comandante. Mas, caso isto aconteça, estou preparado”, disse Auremar, respondendo a uma rajada de críticas que vem recebendo nos últimos dias. O FAROL recebeu um email anônimo com sérias denúncias sobre o cotidiano da guarda e também contra o “comandante-interino”.

Checamos algumas informações que não se inseria na vida pessoal de Auremar Gama e utilizamos o sagrado direito de ser ouvido. Por exemplo, o fato do estatuto da instituição não permitir que alguém do quadro assuma o comando. Tem que ser alguém da área militar.

“Sei disso mais nunca disse que era o comandante”, repetiu Auremar.  Também há denúncias que o inspetor estaria agindo com truculência e intimidação da tropa. Fato logo rebatido por ele. “Faço uma parada todas as manhãs com os guardas. Escuto a todos e sou bem quisto pela maioria. Quem não gosta são alguns contratados”, argumentou Gama. dizendo que dá liberdade a todos.

No documento enviado ao  FAROL também foi questionada a capacidade intelectual de Auremar. “Lula não tinha curso universitário e foi o melhor presidente do Brasil. Será que estão com preconceito?” A tese de Auremar Gama faz sentido. Os tres últimos comandantes tinham formação superior. O resultado foi um grupo desunido e sem autonomia. Talvez, fosse o momento de cortar pela raiz a ingerência política nas indicações. Com a palavra, o prefeito  Carlos Evandro.

Atualizado Às 2h36 desta quarta-feira

Em contato com o FAROL DE NOTICIAS,  o prefeito Carlos Evandro informou que o sargento César assumiu interinamente o comando da Guarda Municipal e que está indo ao Recife à procura do comandante com o perfil ideal para o cargo.

 “Já  conversamos com um coronel da Polícia Militar de  Pernambuco (PMPE) e ele vai me ajudar na indicação. Estou em busca de aguém qualificado”, disse o prefeito, derrubando os comentários em sobre um possível retorno do cabo Francisco e do Tenente-Coronel Giussepe