Por Eugênio Marinho, empresário

Sou a seca, sou um fenômeno natural, fácil da geografia explicar, sou característica de parte deste universo imenso criado por Deus e onde as compensações estão presentes por todo lugar. Sou fruto da falta de chuvas regulares que não caem do céu, e da presença do sol, o tempo todo nele a brilhar. Sem o sol e sem água não se vive, no entanto, administrando suas ocorrências irregulares, vive-se bem em qualquer lugar.

Sou algo essencial, para quem desafios deseja superar, sou capaz de transformar o que, e quem, não é, exatamente no que desejam ficar. Sempre que me invocam me faço presente e na linha de frente, nas grandes batalhas costumo ficar. Me chamam de esperança e estou sempre disposto a ajudar.

Sou o sertanejo, sou alguém insistente, que resolveu desafiar, a lógica de procurar regiões mais amenas, onde o sol e água, harmoniosamente, costumam andar, e exatamente, no sertão e com a seca, resolvi morar. Há séculos nos conhecemos, a seca sempre muito presente e viva, enquanto nós, a esperança e o sertanejo, confessamos, em muitas ocasiões já vimos nossos iguais se ausentarem, as vezes para mais nunca voltar.

Como esperança estou sempre entre a seca e o sertanejo, evitando, que um, a imagem real do outro, possa enxergar. Quando se olham através de mim, vêem o que desejam e poderiam se tornar. O sertanejo, ver que a seca poderia está sob controle, com barragens, açudes, poços, adutoras e áreas irrigadas a lhe controlar. A seca, ver o sertanejo, orientado por políticas de convivência com o semi-árido, podendo manter sua família dignamente com seu trabalho e ao seus filhos, um futuro melhor assegurar.

Quando nos encontramos com a competência e o trabalho, eu, a esperança, consigo me materializar, assim, através do empreendedorismo eficaz em várias áreas, a face da seca e do sertanejo conseguimos mudar. Esta realidade nos deixa uma certeza, que ninguém pode questionar, nosso maior problema, definitivamente, no céu, não parece estar.