Por Natália Alves, esposa de Higo, sobrevivente do acidente na PE-365

“Era faroleira assídua, porém, hoje ao acessar o site, me deparo com a reportagem sobre o acidende de Djailson – Didi e Higo, onde me desculpem, mas sinceramente, é uma tremenda falta de respeito com as famílias. Tudo bem que devemos alertar sobre a combinação perigosa de álcool x direção, mas se prender ao detalhe de colocar no título da matéria isso aí é demais.

Eles foram a Santa Cruz da Baixa Verde receber um dinheiro de Higo, almoçaram na casa de amigos, não foram lá encher a cara de cachaça, pois já vinham fazer isso em casa, com amigos. Ao terminar o almoço, Didi chamou Higo para voltar pra casa pois ainda vinha prestar contas do trabalho dele, agora que ele era um motorista exemplar era, porém amava velocidade. Infelizmente acidentes acontecem. Ao passar por aquela maldita curva, perdeu o controle do carro, e como tinha areia no local o carro derrapou. Creio que só devemos escrever e falar sobre o que sabemos de fato, com provas materiais. Quem poderia contar se bebeu ou não, se correu ou não era apenas DIDI, infelizmente ele não está mais aqui. Respeitem a dor da família.

Sou a esposa de Higo, e para se ter idéia, quem terminou de socorrê-lo fui eu, a ambulância quebrou ao chegar em Serra, bombeiro nenhum apareceu, se fóssemos esperar seria mais um  óbito, pois perdeu muito sangue. O policial militar que me abordou para pegar os dados de Higo, nem sequer fez um exame nele, só perguntou se ele estava bem. Resumindo, o momento não é de procurar culpados, e sim de tentar solucionar os problemas que teimam em acontecer. Como meio de comunicação cobrem da polícia fiscalização das rodovias, como também a sinalização da cidade, barreiras de proteção para evitar deslizamentos de terra para a pista e outros. Caso queiram saber de fato o que houve, Higo está aqui pela graça de Deus que o deu mais uma chance e conta a história verdadeira”.

 

NOTA DOS EDITORES:

As informações da relação entre direção e o consumo de álcool foram repassadas pela Polícia Civil ao FAROL. Não inventamos nenhuma vírgula, como insinua a nossa nobre leitora.