paulo césarPor Paulo César Gomes, escritor e professor serra-talhadense

Já foi dada a largada para a corrida eleitoral em Serra Talhada, o que vem provocando várias reflexões, já que o roteiro do debate se dar no melhor estilo “coronelístico” – escolhas feitas de cima para baixo – mostrando a verdadeira face da “Cidade Provinciana”. De forma extemporânea alguns nomes já foram colocados como pré-candidatos à sucessão municipal em 2016, entre eles, o do atual prefeito que almeja ser reeleito.

Esse cenário revela a fragilidade das lideranças políticas em dialogar internamente – com o grupo ou base de apoio – e externamente – com a sociedade em geral -. Dos nomes postos até agora nenhum passou por uma discussão coletiva, nem tão pouco recebeu apoio de outros partidos. Tudo até agora é na base do “eu quero ser candidato” ou “você vai ser meu candidato”, ou seja, na base do personalismo.

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É bem verdade que “jogar” o nome na mídia ajuda a popularizar o pré-candidato, ao mesmo tempo em que também expõem todas as suas fraquezas. Isso quer dizer que alguns nomes postos chegarão sem força no início de 2016, por que serão fritados ao longo do tempo, seja por adversários ou até por aliados. Algumas fraquezas já estão sendo colocada publicamente.

Vejamos o caso de Waldemar Oliveira (PR), que para ser candidato terá que superar o rótulo de forasteiro e tornar-se conhecido nos quatro cantos do município. Se não mudar essa realidade, Waldemar não emplaca. Outro caso é o da ex-primeira dama Socorro Brito (PSB), que se apresenta como um dos nomes mais fortes nessa atual fase, no entanto, terá dificuldades imensas em se garantir como candidata, já que não tem em torno de si um grupo – lideranças e partidos políticos -. O que pode ajudar a ex-primeira dama é a insatisfação popular com o prefeito Luciano Duque (PT), o que faz com que vários leitores do petista retornem a casa paterna.

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Já Luciano Duque, que já faz campanha abertamente, terá que melhorar o dialogo com a sua base de apoio (PT / PMDB / PSC / PPS / PRTB / PHS / PTC / PSDB / PC do B) e com a sociedade, já que várias propostas apresentadas na campanha em 2012 ainda não saíram do papel. Além disso, terá que ter habilidade para melhor à imagem da sua gestão e para segurar o apoio da vice-prefeita, Tatiana Duarte (PSC). Porque sem ela e o marido, Marquinhos Dantas (PP), o prefeito não será reeleito.

Diante desse diagnóstico é possível dizer que ainda há espaço para que Augusto César (PTB), Marquinhos Dantas (PP), Ronaldo Melo (PSB), e outros nomes possam ser colocados gradativamente nesse jogo. Sem esquecer que ainda poderemos ter um fato novo, um nome que poderá surgi e mudar a história da eleição e quem sabe da cidade.

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Um forte abraço a todos e a todas!