*Paulo César é professor especialista em História Geral

Faltando pouco menos de três semanas para o dia 7 de outubro fica visível as dificuldades do candidato Sebastião Oliveira (PR) em desconstruir o governo do prefeito Carlos Evandro (sem partido), que na pesquisa do Instituto Opinião apareceu com uma aprovação próxima a casa dos 80%. Esse índice coloca o prefeito em uma situação privilegiada no atual cenário político-eleitoral e que consequentemente beneficia o seu candidato Luciano Duque (PT).

Em uma avaliação um pouco mais detalhada veremos que mesmo com toda a estrutura de markentig (bonecos, balão) montada por Sebastião, ele ainda não conseguiu maquiar o seu “calcanhar de Aquiles”. Esse ponto de inconsistência encontra-se justamente no seu super palanque, que conta com a presença do ex-prefeito Geni Pereira (PSB), do deputado estadual Augusto César (PTB) e do deputado Federal Inocêncio Oliveira (PR), adversários históricos que se juntaram não para desenvolverem um projeto político, mas por pura necessidade eleitoral.

As contradições que envolvem essa aliança ainda não foram claramente digeridas pela população, isso se deve ao fato de que o comando da campanha do candidato republicano não consegue deletar da memória dos eleitores os verdadeiros motivos que levaram Augusto César e Geni Pereira a travarem batalhas épicas com o deputado Inocêncio Oliveira ao longo de mais de duas
décadas.

Se por um lado é difícil explicar os contextos que envolvem a aliança, por outro se torna cada vez mais difícil mudar a cabeça do cidadão com relação à gestão de Carlos Evandro, porque mesmo o prefeito não sendo candidato, ele é o maior transferidor de votos para a campanha do petista Luciano Duque. Uma grande oportunidade que o republicano teve para desconstruir o governo de Carlos foi no debate promovido pelas rádios A Voz do Sertão AM/Líder Vale FM, porém, Sebastião optou pela diplomacia diante da presença do prefeito e focou os ataque apenas na pessoa do candidato Luciano Duque.

Na verdade, todos os ataques feitos a Luciano não surtiram o efeito desejado, já que desde que surgiram as denúncias envolvendo o CMDRS, os principais algozes do petistas foram pessoas que não transmitiram confiança necessária para convencer a população, pois os mesmos possuem uma vida política pra lá de contraditória. Dessa forma, só resta a Sebastião um caminho: construir um discurso político capaz de descredenciar o prefeito Carlos Evandro junto à população, pois do contrário, verá que a cada dia que passa o voto em Luciano se consolida, e que nem mesmo o governo Eduardo Campo (PSB) será capaz de reverter um quadro eleitoral tão adverso.

Dignidade humana: A Justiça Eleitoral deveria proibir de imediato que pessoas ficassem expostas a sol e a uma temperatura que se aproxima dos 40 graus durante horas sem nenhuma proteção para simplesmente levantarem bandeira de políticos fere a Constituição no que se refere ao principio da dignidade humana. Acessibilidade, poluição visual e vandalismo: Outra medida que poderia ser tomada pela Justiça Eleitoral era a proibição da exposição de cavaletes e banners em vias publicas, pois a medida iria beneficiar deficientes físicos, transeudes e motoristas, além de evitar o vandalismo no material de propaganda dos candidatos.

Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião do Farol