A leitora se identificou como ‘advogada sonhadora’, do município de Flores

Eu tenho um sonho que um dia a mesquinhez e o ódio não sejam o motor das ações dos líderes políticos de minha terra, impulsionando-os à prática da perseguição àqueles que optaram por outros nomes como credores de seus votos. Eu tenho um sonho de um dia não ouvir mais as pessoas serem rotuladas de “boca preta” e “boca de sebo”, nem discriminadas nos órgãos públicos e nos eventos sociais patrocinados com dinheiro público, como medida punitiva de suas escolhas políticas.

Essas pechas, estigmatizantes, ferem o princípio constitucional da igualdade de direitos. Ser for do “outro lado”, a ambulância não chega, o médico não atende, o remédio não aparece. Eu tenho um sonho de não ver mais os políticos de Flores torcerem e trabalharem para que a administração do que governa desmorone. Não se concebe mais a baixaria política oposicionista do “quanto pior, melhor” para o governista. Flores não é um curral particular, mas um município formado e pertencente a um povo, e que, tornando-se próspero, trará benefícios para todos.

Eu tenho um sonho de ver todos os florenses abraçados e trabalhando em harmonia pelo desenvolvimento coletivo de nosso município. Não desejo ver qualquer movimento social, qualquer disputa, desde as rinhas de galo, passando pelas apostas em jogo de bicho, até as disputas por cadeiras no Conselho Tutelar, com viés político-partidário separatista. Que seus moradores não se vejam mais como duas torcidas rivais ou como dois povos inimigos, mas como habitantes que buscam o bem estar comum. Eu tenho um sonho de ver acabado o clientelismo em Flores, onde as relações de dependência e troca de favores aprisionam o eleitor ao chefe político, limitando a governabilidade deste e escravizando, eleitoralmente, aquele.

Eu tenho um sonho de ver o fim da prática da “ferradura” nos cidadãos, manifestada nas fotografias e exibições públicas do eleitor em redes virtuais ao lado do líder político, como troféu pela conquista de mais um voto nas disputas político-eleitorais. Porque somos gente! Eu tenho um sonho de ver minha Flores, não tendo apenas como órgão empregador a prefeitura, obrigando seus filhos a buscarem terras distantes e preconceituosas para o sustento honrado em trabalho humilhante e semi-escravo, mas um município protetor e acolhedor de sua gente na oferta de emprego e renda generosos.

Eu tenho um sonho de ver em Flores um cidadão ser contratado, temporariamente, para o serviço público e ter os mesmos direitos determinados pela Constituição garantidos, como salário mínimo integral sem ter que dividi-lo com outro servidor, 13º salário, férias remuneradas, etc. Porque a prestação do serviço é a mesma independentemente do vínculo empregatício! Eu tenho um sonho de ver, no meu rincão, os palanques armarem-se e desarmarem-se na época certa e de ver os políticos “descerem” deles após os pleitos.

Governantes, são governantes de todo o povo e não apenas dos que lhes confiaram o voto. Porque não se pode ter como filosofia política, quando investido de cargo público, a idéia: “Aos amigos tudo! Aos inimigos, a lei”. Sonho e desejo tudo isso… E essa esperança já tem nome. Com sua isenção e desnudada de vício, pode preparar o município para esse tempo. Sua sinceridade e amor a Flores admiram aos que lhe cercam.

Seu móvel político não é a vingança, nem o poder pelo poder, muito menos o enriquecimento ilícito. Sem se contaminar com esse ranço, já trabalha de várias maneiras para o crescimento de sua terra, investindo na geração de emprego, renda e gerando arrecadação para os cofres públicos. Com experiência em gestão e empreendedorismo, saberá conduzir com maestria os destinos de nossa terra. É meu sonho. É o sonho de todos. Logo, logo, acordaremos e viveremos ele. Oxalá!