Por Adelmo Santos, poeta e escritor de Serra Talhada

Neste domingo, dia 03 de novembro de 2013 o Santa Cruz entra em campo jogando pelo empate para subir para segunda divisão do campeonato Brasileiro. Um jogo que pode bater o recorde de público do ano entre todas as divisões do campeonato Brasileiro. O jogo é no Recife no Estádio do Arruda, campo do Santa Cruz, contra o Betim um time de Minas Gerais.

Depois que eu voltei pra minha terra, estou revivendo a minha torcida ao meu querido Santa Cruz, o time do meu coração. Que por força do destino foi caindo nas tabelas, foi parar na série D. Não jogou mais em São Paulo, e eu nunca mais pude ver. O meu Santinha querido foi caindo, foi caindo se desmanchando em pedaços até que acabou sumindo, foi pro fundo do buraco. Eu fiquei sem ter notícias perdi todos os contatos, não vi mais aqueles gols que passavam no fantástico.

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Foi triste encontrar meu Santa doeu em meu coração, ver o meu time querido jogando na série D pela quarta divisão. O Santa carrega a cruz, o peso é descomunal, a torcida nos estádios não existe outra igual. Vamos Santa ganha essa! Soma mais uma vitória! Que o povão está triste e daqui a pouco chora. Mas o Santa desperdiça mais uma oportunidade, não atende uma torcida que é fiel de verdade. Sendo a que mais bota gente para dentro dos estádios.

A torcida incentiva com a bandeira estendida, pro Santa Cruz nada é fácil, até as suas vitórias são sofridas e suadas. Uma derrota pro Santa parece coisa normal, o torcedor não aguenta, quem já passou dos 50, um infarte é fatal. A torcida é fiel, acostumada a sofrer mesmo com o time afundando, nunca parou de torcer. Quando o Santa está perdendo o estádio é um velório, quando o Santa está ganhando, é um grande foguetório.

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Alegria não tem preço, quando o torcedor está triste ele fica ali chorando agarrado em um terço. Está passando um filme agora dentro das minha memórias, relembrando os grandes times que o Santa Cruz já teve, e me deixava sorrindo. Vamos Santa ganha essa! Junta mais uma vitória! Faz o presente imitar o seu passado de glória!

Eu lembro dos artilheiros que marcaram o passado: Nunes, Ramón, Cuíca, Luciano, Bita e Mirobaldo. Voltando para o presente a diferença é brutal, hoje o time não tem craque, todo mundo joga igual. A torcida é o destaque, ela é fenomenal. Já foi até pesquisado escrito e comprovado numa revista americana, quem entra mais nos estádios é a torcida coral. Série A ou série B, série C ou série D, não importa a divisão, a torcida do Santa Cruz é quem mais enche os estádios, dando banhos de emoção. Vai meu Santa sobe logo pra segunda divisão!  Agora chega de mágoas! “De novo outra vez, não!” Meu coração não aguenta, e o meu peito não cabe mais uma decepção.

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Texto do livro “De volta pra minha terra’ que será lançado em breve