*Jorge Apolônio é professor, membro da Academia Serratalhadense de Letras e policial federal

No dia em que Augusto César bandeou-se para o lado de Inocêncio, eu escrevi aqui neste blog que Augusto, ainda que ganhasse as eleições com seu novo grupo, perderia. Ocorreu-lhe o pior, bem empregado: perdeu perdendo. Augusto decepcionou a grande maioria de seus seguidores. Deixou em nós e em sua história a mácula da decepção política. Teve o prêmio que pagou por merecer, uma derrota dupla: perdeu a eleição e toda a credibilidade política. Para piorar, levou consigo Fonseca, um potencial líder, que se permitiu ser induzido a erro crasso.

Se Augusto tivesse perdido com Fonseca em candidatura própria, perderia com dignidade. Não foi o caso. Quanto à derrota de Geni, por ser a enésima, já dispensa comentários. Pelo desastre de sua gestão, o povo não lhe dá mais crédito. Incoerência, teu nome é Adelmo Rodrigues. Já fazia anos, mas  Inocêncio  também perdeu, e isso é ótimo, porém, para nós,  ex-seguidores de Augusto, é algo menor  diante da derrota deste. Sebastião perdeu, entre outras coisas, por fazer promessas enganadoras além do limite do razoável. Mereceu. Abusou da credibilidade do povo. O  povo não se iludiu. Ainda bem.  Luciano não ganhou, apesar de ser o candidato eleito. Não tem cacife para isso. Quem ganhou para ele foi Carlos Evandro.

Não que Carlos merecesse a vitória. Sua gestão não é merecedora disso.  Mas conseguiu convencer a população de que fez um bom governo. Aliás, igual a Dilma, que também não faz uma boa gestão, sua maior competência é convencer que é competente, mesmo sem ser. Por gratidão, o eleitorado concedeu-lhe a eleição de seu indicado. Quem perdeu  mereceu, quem ganhou não merecia. Serra Talhada merecia coisa melhor. Mas, por omissão, os melhores não se candidatam. Como tudo tem um preço, a covardia também tem. E ela custa caro. Os próximos quatro anos nos dirão. Eis os fatos.

 OS ARTIGOS NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO SITE