A queda do secretário de Planejamento e Gestão, Saulo de Tárcio, é o típico caso da crônica da morte anunciada. Ele era estratégico para o xadrez administratiivo do prefeito Luciano Duque, até porque já vinha com uma bagagem do governo Carlos Evandro. Saulo dava às cartas na área tributária. Entretanto, o secretário era um especialista em planos mirabolantes e não rendeu na velocidade que o prefeito desejava.

A queda de Saulo de Tárcio mexe com o núcleo dos chamados estrangeiros: secretários importados que não tiveram a preocupação de estudar a realidade sócio-econômica da Capital do Xaxado. Alguns chegaram como o Narciso da mitologia grega, que se apaixonaram mais pelo peso do cargo e do salário. E irão terminar nas águas profundas da vaidade. Outros já estão em processo de queda.

Entretanto, a saída do então secretário de Planejamento pode ser encarada por um outro ângulo: o fortalecimento do secretário de Finanças, Marcondes Osório, que havia entrado em rota de colisão com o tributarista, e a persistência do prefeito Luciano Duque em cobrar resultados. O prefeito não deseja ficar apostando se fulano ou sicrano pode dar certo. A prova é a história das metas exigidas mensalmente.

A lógica é: se alguém tem que ser queimado, que seja o auxiliar e não a administração. Por conta disso, o FAROL acredita que outras demissões deverão acontecer antes do mês de junho, quando haverá avaliação coletiva da equipe.