Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia

De nada adiantou o barulho provocado pelos vereadores André Maio (PRB) e Antonio de Antenor (PR) que lutaram para brecar o Projeto de Lei 002/2017 que regulamenta a contratação de dez cargos comissionados e mais de 40 cargos já disponíveis para a livre distribuição dos quatro vereadores que fazem a mesa diretora da Casa Joaquim de Souza Melo, em Serra Talhada.

Nesta segunda-feira (16), o projeto foi aprovado por 11 a 2, inclusive com o voto da vereadora Vera Gama (PR) que é da bancada de oposição. Os vereadores Dedinha Inácio (PMDB) e Gilson Pereira (PROS) faltaram à sessão extraordinária.

‘PEGADINHA’

Quem provocou os questionamentos foi André Maio, que mais uma vez disse não aceitar o comportamento do presidente da Casa, Nailson Gomes. Apenas os vereadores André e Antenor defenderam a realização de concurso público ao invés de contratações temporárias.

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“A contratação temporária desses dez cargos vai acarretar uma despesa de cerca de R$ 15 mil/mês. Está se contratando três auxiliares de serviços gerais quando a Câmara já conta com três. Onde eles estão? Com desvio de função? A gente tem que ter responsabilidade”, desabafou Maio na tribuna da Câmara.

Durante o discurso, o vereador oposicionista pediu vistas ao projeto afirmando que havia uma ‘pegadinha’ armada pelos vereadores governistas.

“Tem uma pegadinha neste projeto. Diz que vai ter que contratar um engenheiro civil porque vai haver uma reforma no prédio da Câmara. Que reforma que eu não estou vendo? E quanto vai receber esse engenheiro? Não voto neste projeto porque  povo não me elegeu para isso. É um absurdo”, disparou André Maio.

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O vereador Antonio de Antenor também se manifestou contra o projeto dos governistas e insistiu na realização de concurso público. “Quando fui presidente da Câmara realizei concurso público e de lá pra cá só teve contratações e nada de concurso. Queremos concurso público”, reforçou Antenor.

REAÇÃO GOVERNISTA

Meio que acuado, o presidente Nailson Gomes elevou o tom da voz em alguns momentos e repetiu que não estava criando um ‘trem da alegria’, mas fazendo apenas o que já existia na estrutura.

Gomes insistiu em defender o projeto, mas não teve argumentos para derrubar o item sobre a contratação de um engenheiro para uma reforma que sequer tem data para começar.

“Foi um erro de digitação da nossa assessoria e seu pedido de vistas está negado”, cravou Naison Gomes, brigando para aprovar o projeto de todas as formas.

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AUMENTO SALARIAL

Outro embate aconteceu com relação ao reajuste salarial dos servidores. O presidente Nailson Gomes propôs aumento de 15% para os comissionados e apenas 6,8% para os efetivos. A oposição foi contra, mas Antonio de Antenor votou a favor do reajuste para os efetivos.

Nailson defendeu um reajuste maior para os comissionados alegando que estavam a muito tempo sem aumento salarial. O resultado foi um placar de 11 a 1. Apenas André Maio votou contra. Faltaram a sessão os vereadores Sinézio Rodrigues, Antonio Rodrigues, Gilson Pereira e Dedinha Inácio.