Publicado às 04h28 deste domingo (8)

Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, membro da Academia Serra-talhadense de Letras

Veja só a diferença de como eram os desfiles dos colégios em Serra Talhada nos anos 60/70. O desfile das escolas era a grande atração, tinha muitas alegorias era um desfile cívico, o discurso de abertura não tinha cunho político e passava emoção.

O Colégio Cônego Torres era o grande campeão. Ele tinha a melhor banda do sertão e região. Maninho na caixa de guerra, Paulo Rosbaque no taró, davam um banho de emoção e Luiz Fogo em seus dobrados incendiava os corações. O Colégio Cônego Torres era uma fábrica de emoção, era um banho de magia seu poder de criação.

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Foi nas suas alegorias que um navio em plena seca navegou pelo sertão. No Ginásio Industrial tinha o Professor Nogueira, que no toque da corneta encontrava o melhor jeito, de plantar e semear para colher o respeito. Na escola Imaculada Conceição só as meninas estudavam. Era um desfile de fé, com o toque feminino e a beleza da mulher. Todas bandas marciais tinham um repertório lindo, na hora que desfilavam, tinha gente que chorava, os hinos emocionavam para não esquecer jamais.

Era muito diferente dos hinos que tocam agora, nessas bandas atuais. Hoje não tem mais dobrados, é uma falta incalculável, a que Luiz Fogo faz. O piston sem Luiz Fogo tem um toque diferente, perdeu aquela magia que emocionava a gente. Parece que o piston sente, ao ser tocado em outras mãos, ficando meio arredio sem provocar emoção.

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Cadê professor Rabelo? Cadê professor João Carlos? Onde estar Dona Elenita? Que saudade de Olegário! Que fizeram do Colégio Cônego Torres um passado de conquistas. Com suas criatividades as festas eram mais bonitas.