Publicado às 13h45 deste domingo (28)

Numa importante entrevista durante o programa Empodera, na TV FAROL, no YouTube, essa semana, a psicóloga Ana Estevam explicou efeitos que a pandemia vem causando na mente de muita gente. Ela detalhou um processo de acúmulo de medos ocasionados pela sensação de estar infectado e da possibilidade da morte iminente. Um dos resultados é que os serra-talhadenses e milhares de pessoas no mundo estão sujeitas a transtornos pós-traumáticos, típicos de pessoas que passaram por experiência de pós-guerra.

“Sendo seres sociáveis, nós precisamos de uma conexão maior uns com os outros, o toque, a presença, a participação ativa das pessoas, acabou mexendo com as estruturas que nós já conhecíamos nossa e tudo isso veio se modificando. Vários estudos já estão sendo elaborados para o pós pandemia porque quando tudo isso passar, todo mundo vacinado, vamos estar bem aí vai vir a segunda remessa da pandemia, o que ela provocou emocionalmente nas pessoas”, disse a psicóloga Ana Estavam, detalhando:

Veja também:   Gin faz ataques contra Vandinho e Duque

“Em muitos casos, não são situações emocionais ou psiquiátricas que tenham uma passagem muito curta na vida das pessoas, essa pode ser uma passagem mais duradoura que as pessoas vão precisar de ajuda de psicólogos, psiquiatras, de fármacos para que elas possam se ajustar novamente no próprio ritmo de vida e conseguir seguir. Quem recebe o diagnóstico de Covid convive mais diretamente com a insegurança e a incerteza imaginando que pode vir a óbito, isso gera um transtorno pós traumático, assim como os transtornos de guerra. Esse transtorno que foi tão estudado pela Terapia Cognitiva Comportamental e que fez ela surgir hoje, que é modificar justamente a maneira de pensar a respeito do que eu vivi e como eu posso pensar diferente a respeito daquela determinada situação.”

Veja também:   Trio surpreende morador e invade casa no centro de ST para roubar

O PODER DA RESILIÊNCIA

Segundo Ana Estevam, apostar no poder da resiliência é uma das alternativas para seguirmos firmes diante os dias tão difíceis e mentalmente estressantes. “Pensar diferente é o nosso poder de resiliência, então nós temos que é trabalhar em cima desse poder de resiliência, devermos nos preocupar sim, usar álcool em gel, mas entender que a nossa saúde mental também não pode ser afetada que eu não posso sofrer com antecedência por algo que eu não vivenciei ainda na minha vida ou que talvez eu nem chegue a vivenciar.”

ASSISTA À ENTREVISTA DA PSICÓLOGA ANA ESTEVAM NA TV FAROL