Publicado às 13h30 deste domingo (12)

 

Fotos: Celso García/Farol

O mais novo episodio da série “Serra Talhada, meu canto e o meu encanto”, a equipe do TV Farol visitou a famosa “Pedra do Curtume”, local que durante os anos 60, 70 e 80, foi uma das mais importantes áreas de lazer de Serra Talhada. Localizada do no leito do rio Pajeú, a pedra era usada por banhistas para a prática de saltos, isso porque ela possui mais de 3 metros de altura e o lago formado em seu entorno uma profundeza superior aos 2 metros.

Os frequentadores também desfrutavam das areias existentes na área, o que tornou o local uma especial praia de água doce. Era comum encontrar ao longo desse trecho do rio vários pescadores, lavadeiras, peladeiros (jogadores de futebol) e caçadores de pássaros, que os jovens que usavam o alçapão para pegar passarinhos.

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No entanto, no final de 1989, foi decretado à morte da pedra do curtume quando a construtora Mendes Júnior, responsável pela obra de construção da ponte da Caxixola, usou dinamites para destruir a pedra. O objetivo da construtora era extrair pedras para serem usadas no aterro dos acessos da ponte.

O problema é que uma grande quantidade de pedras foram jogadas justamente no lago. Com receio dos perigos os banhistas foram lentamente se afastando da famosa pedra. Quase 33 anos depois da ação criminosa da Mendes Junior, a reportagem do FAROL voltou a visitar o local e constatou o cenário de depredação e descaso de um dos “points” prediletos da juventude de Serra Talhada durante várias décadas.

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O curioso dessa história é que em 1989 a sociedade local assistiu à destruição da pedra de forma silenciosa, não houve protesto e os órgãos públicos foram coniventes com a inexplicável mutilação de um patrimônio publico. O fato é que o Rio Pajeú, em toda a sua extensão, tem sofrido diversos tipos de agressões. Essas agressões acabam afastando as pessoas do convívio com o rio, com as suas belezas e com seus encantos.

O grande desafio dos dias atuais não se resume apenas retirada de algarobas e de cercas, mas é fazer com que a população passe redescobrir e a conviver com rio. A criar laços e sentimentos com o Pajeú. Caso contrário, o rio só será lembrado em épocas de enchentes ou através da rima de poetas e cantadores.

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