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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Nesta noite especial de Natal, o FAROL DE NOTÍCIAS foi conhecer a história de um dos mais famosos símbolos de fim de ano do imaginário infantil, o Papai Noel. O bom velhinho de Serra Talhada é Francisco Rodrigues da Silva, de 69 anos, um agricultor que trabalha há 20 anos vestindo o personagem alegrando o Natal das crianças de Serra Talhada e região. O senhor Chico, como é conhecido, divide sua paixão pela festa natalina com as pegas de boi e vaquejadas. O ‘papai noel vaqueiro’ já se fantasiou de bom velhinho para as festas de fim de ano de Triunfo, Custódia, Serra Talhada por muitos anos e diversas comunidades rurais da cidade, mas que, atualmente, está esquecido na Capital do Xaxado.

“Quando eu era novo e podia eu ia para as vaquejadas, já participei de pega de boi. Mas agora com a idade não posso mais, só vou para olhar. Comecei essa minha vida na minha fazendinha, na comunidade Cipós. Vim para Serra Talhada e comecei e já saiu meu nome. Em Triunfo foi assim, um rapaz me viu e me acompanhou até em casa e me convidou, eu aceitei e disse que ia no dia seguinte lá. Ele me perguntou se eu tinha medo de altura e eu disse que não e ele me disse que ia ser um trabalho muito bom para mim. E lá em Triunfo eu faço o Natal andando no teleférico, sempre no dia 24 e 25. Já fazem uns dez anos que vou para lá”, relatou com orgulho.

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“Quem faz minha roupa e tudo é minha mulher, Ivanilda Rodrigues. Ela costura, me veste, ajeita os presentes. Ela é meus pés”, relatou Chico, mostrando qual a sua verdadeira paixão

Francisco Rodrigues também explicou todo o processo de preparação para as festas natalinas. “Até junho eu tiro a barba e ninguém me conhece. Dai eu vou deixando a barba crescer e vou só aparando. Vou deixando a barba e o cabelo e é tudo natural, não pinto nada. Quem faz minha roupa e tudo é minha mulher, Ivanilda Rodrigues. Uma vez eu estava aqui na praça e chegou um pessoal de Alagoas, perguntaram se é de verdade, ficaram puxando e eu sai com a boca torta de tanto puxarem. Eu tenho um prazer danado, quando as escolas me chamam e querem pagar, eu pego e compro tudo de brinquedo para doar em outra comunidade que precisa”, enfatizou o noel.

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Emocionado, o vaqueiro falou que mesmo não trabalhando no Natal da Capital do Xaxado há cerca de oito anos, o momento mais emocionante nesse trabalho foi na cidade. “Já andei de carro de boi, jumento, carro de Corpo de Bombeiros, carroça de burro, de todo jeito entrei como Papai Noel. Eu gosto muito de crianças, criança para mim é meu sonho e tem lugar que eu vou e não cobro, vou só para ajeitar as crianças. Uma vez eu estava lá com uma fila enorme para tirar a foto e eu sempre atendo todos, num sai nenhuma criança chorando, e um casal chegou com um bebê de um mês que era só os ossos, a mãe disse que era fome”, contou com lágrimas nos olhos.

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O saco do papai noel já está cheio de presentes para este Natal

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Francisco Rodriques exibe com orgulho sua paixão por chapéus de vaqueiro

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