Publicado às 20h desta sexta, 20- Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Com informações de Clayson Cabral, especial para o Farol

Já está em vigor em todo o Brasil e em Pernambuco medidas de extrema importância para o enfrentamento ao novo coronavírus, o COVID-19. Mas em Serra Talhada, a realidade parece que passa longe da vida das pessoas.

O FAROL foi às ruas conferir, nesta sexta-feira (20), pela manhã, se os serra-talhadenses estão respeitando o período de quarentena exigido pelo Ministério da Saúde. A ordem é ficar em casa.

O cenário que se apresenta, porém, é o avesso. Mesmo diante o fato de um vírus letal e ainda sem cura estar circulando em Pernambuco, no país e no mundo, velhos hábitos continuam.

Filas enormes ainda persistiam em agências bancárias. No Mercado Público, Praça Sérgio Magalhães e na principal avenida do município, a Enock Ignácio de Oliveira, pessoas compravam, conversavam e passeavam tranquilamente estimulando aglomerações.

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DEPOIMENTOS

Nas entrevistas, os cidadãos de Serra Talhada estão cientes dos cuidados e dos riscos de quem desobedece as normas estabelecidas pelos órgãos competentes, mas de alguma maneira insistem em manter uma rotina normal indo às ruas do Centro.

“Eu só estou na rua porque estou vindo trabalhar, mas fora do meu horário de trabalho eu não vou nem na porta de casa”, disse  Adriana Silva, de 44 anos, vendedora de farmácia.

“Meu maior motivo é trabalho mesmo estamos aguardando se vai fechar o comércio também por conta do vírus que a gente possa se recolher eu me recolho ótima em casa, todo mundo tá falando a mesma coisa mas as pessoas não estão acreditando que venha para gente, e vai vir se a gente não se precaver”, reforçou Vânia Souza, 41 anos, vendedora de loja de sapatos.

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“O motivo maior de eu vir aqui no centro é de resolver os problemas do cotidiano enquanto a situação por aqui é controlado né?”, justificou o Sr. Denílson, 48 anos, autônomo.

“Esse nome corona eu não quero nem ouvir, mas como é que a gente deixa de fazer nossos pagamentos? O governo não vai perdoar né? Pagar tudo em dias e na hora e nós temos que se apegar com Deus e pedir proteção o medo do corona tá demais até”, afirmou a senhora Terezinha Inácio, de 78 anos.

“Meu motivo de vir ao Centro foi para resolver algumas coisas, eu acho que o povo vai morrer é de pânico trancado dentro de casa, se sair pra procurar não tem mais álcool em gel e máscaras já comprei até material pra fazer em casa mesmo”, disse Socorro Silva, de 60 anos.

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A partir do próximo domingo, por determinação do governo de Pernambuco, o comércio deverá fechar até segunda ordem. Apenas postos de combustíveis, farmácias e mercados poderão abrir. O coronavírus já matou mais 10 mil pessoas em todo o mundo até o momento e segue avançando no Brasil.