Do Blog do Jamildo

O presidente Michel Temer (MDB) acusou, em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (29), o governador Paulo Câmara (PSB) de utilizar um discurso eleitoreiro quando critica a sua gestão, lembrando o voto favorável do PSB ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Para Temer, o governador o escolheu como alvo para disputa eleitoral, mas “não houve momento” em que o socialista não o estava apoiando no processo de impedimento da petista.

“Ele está no período eleitoral e precisa de alguém para bater (…) Tenho uma relação de oito páginas cheias do que foi feito por Pernambuco. Em todas as áreas houve um trabalho muito intenso”, disse Temer, lembrando que o governador fazia “agradecimentos” como, por exemplo, a ajuda do governo federal com o envio das Forças Armadas para o Estado.

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O presidente Temer lembrou que Paulo Câmara liberou os secretários da sua gestão para votar a favor do afastamento da ex-presidente Dilma. “Desde do primeiro momento (do governo), ele me deu o apoio. Você lembra que ele me deu apoio, os deputados ligados a ele votaram pelo impeachment sem que eu fizesse qualquer pedido”, pontuou o emedebista.

“Logo depois da eleição, ele pacifica, eu não tenho dúvida disso”, afirmou.

Liderança no Senado

Temer disse não ter pressa para indicar o novo líder do governo do Senado após a saída do senador Romero Jucá (MDB-RR), que argumentou discordar da condução do governo sobre a questão dos imigrantes venezuelanos em Roraima. O emedebista afirmou que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), vice-líder do governo na Casa Alta, deve acumular a liderança enquanto o Congresso esteja em “recesso branco”.