Adauto mourato“Programas como esse contribuem para a manutenção da agricultura familiar (…) e garantem às instituições a certeza de que estão adquirindo produtos saudáveis e de qualidade”. Comentando esta frase do prefeito Luciano Duque (PT), publicada pela assessoria do petista nessa quarta-feira (4), comemorando o retorno do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) no município, o fiscal agropecuário, Adauto Mourato, voltou a abrir o verbo e cobrar respostas do Ministério Público no caso conhecido como “escândalo do bode”. Em contato com o FAROL, nessa quarta, Adauto fez um sério alerta à população para a possibilidade das denúncias acabarem em “pizza”.

“Realmente fiz a minha parte. O pior é ver, que depois de mais de três anos, as mesmas pessoas responsáveis pelas fraudes, ocupando os mesmos cargos. Chego a conclusão que em Serra Talhada não é diferente do resto do pais. Não adianta o cidadão denunciar a Polícia Federal investigar e provar a fraude. Dependendo do tipo de pessoa envolvida, rica ou pobre, a decisão do Ministério Público será dada imediatamente quando é um pobre ou fica para a outra encarnação quando é um rico”, lamentou Adauto Mourato, num grito de alerta:PIZZA

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“É uma vergonha o que acontece em nossa cidade. Gostaria de saber até quando, debaixo do tapete da nossa Justiça vai caber investigações de denúncias verdadeiras. Gostaria muito que o Ministério Público divulgasse o resultado de tudo isso. Tenho certeza que depois de mais de três anos a população vive perguntando: Adauto Mourato falou a verdade ou estava mentindo? Acreditem, depois de mais de três anos eu, Adauto Mourato, vivo perguntando: o Ministério Público de Serra Talhada é correto ou está engavetando o processo? Confesso que estou acreditando, mais de 99%, que o julgamento ficou para outra encarnação”.

FIQUE POR DENTRO

Alguns acreditam que o “escândalo do bode” possa respingar no prefeito Luciano Duque (PT) e afetar a imagem dele em 2016. Em junho de 2012, a Polícia Federal iniciou investigação sobre um suposto esquema de distribuição de alimentos, com verba federal, para a merenda escolar numa operação que envolvia associações rurais e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS). Na época, quando estourou na grande mídia, a denúncia colocou em xeque as atividades do CMDRS, do qual o atual prefeito foi presidente durante anos.