Publicado às 14h deste domingo (28)

Neste domingo domingo (28) às 18h, o poeta e rapper Maneco lança o seu mais novo clipe do seu EP DEMO através do YouTube LEONAM maneco. O primeiro clipe se chama Dinheiro, que procura criticar a política nacional, o segundo tem o título de Selva de Pedra que fala sobre a desvalorização dos homossexuais. O atual lançamento se chama Gota Serena, que trata sobre a igreja e a homossexualidade.

“Os vídeos são para divulgar o meu novo trabalho, foram gravados durante a pandemia e eles abordam questões relacionadas a situação social do país. É basicamente voltado a LGBTfobia e aos crimes cometidos contra a comunidade LGBTQIA+. Nesse último clipe tem muito sobre essa questão religiosa, sobre o pecado, sobre considerar os homossexuais como pecadores. O nome do EP é DEMO, que é o modo como a sociedade, a religião, os políticos nos veem, como demônios, como pessoas que ameaçam o status quo, não é atoa que Bolsonaro se elege com essa política LGBTfóbica que é o que dá destaque a ele, ele começa implicando na Câmara Federal com Jean Wyllys, com as mulheres e depois com os quilombolas, os pretos, mas ele inicia com essa história de kit gay, essa situação de que viado tem que apanhar”, explicou Maneco, acrescentando:

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“Baseado na situação que o país está, Dinheiro, que foi o primeiro clipe, fala muito sobre essa questão de que o que eles querem é sempre grana, eles dão arma para você matar sua gente, vem Selva de Pedra, que fala sobre essa desvalorização da vida dos  homossexuais, onde muitas vezes a sociedade se comove, não que seja errado, mas ela se comove muito mais com os maus-tratos  com cachorros, por exemplo, do que com uma travestir morta, espancada, arrastada, destroçada pela rua e o último clipe que é Gota Serena, que sai domingo foi falado essa relação que a igreja coloca sobre nós, que a gente é sempre esse demônio e corrompe a sociedade, a música fala que a gente é Jesus, por exemplo, o principal dela é que fala que todo dia tem viado na cruz, todo dia tem um novo Jesus”.

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O título do EP vem do fato de não ter conseguido gravar em estúdio, as músicas são caseiras. O poeta ainda ressalta a sua vivência na sociedade e de como cada música é um pouco de sua história. “Vem muito das minhas vivências, porque eu fui essa criança muito religiosa, frequentava a igreja, a igreja queria os meus trabalhos, mas sempre dizia que eu estava errado em ser quem eu sou e o quanto isso me machucou ao longo dos anos e que ao mesmo tempo, embora seja muito pessoal, se você conversar, ver a vivência do homossexuais é algo muito recorrente, é algo que se torna social pela abrangência que tem”, ressaltou.

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